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"Lamento que o Ministério Público insista. É uma questão particular que, lamentavelmente, foi muito explorada inclusive em prejuÃzo da minha imagem pessoal durante a campanha", disse o governador Wellington Dias (PT), falando sobre o pedido de cassação do mandato ajuizado pelo Ministério Público Eleitoral na Justiça Eleitoral. A vice-governadora Margarete Coelho (PP), que é advogada especialista em Direito Eleitoral, afirmou que a ação do MPE tem cunho pessoal.
O procurador Kelston Pinheiro Lages, da Procuradoria Regional Eleitoral no Piauà (PRE-PI), entrou com ações no Tribunal Regional Eleitoral pedindo a cassação do diploma do governador Wellington Dias e da vice-governadora Margarete Coelho (PP). Os pedidos de cassação foram feitos com base nas Ações de Investigação Eleitoral (AIJEs), que constataram crimes eleitorais como "caixa 2" de campanha, captação ilÃcita de sufrágio, apreensão de dinheiro e material de campanha ocorridas durante as eleições em outubro passado.
A vice-governadora Margarete Coelho se posicionou sobre o pedido de cassação do seu mandato e do titular do Governo Wellington Dias. Margarete acredita em questão pessoal pelo fato de as ações serem personalizadas. "As ações movidas pelo Ministério Público são personalÃssimas. Mas eu não acredito nos fatos relatados, fatos estes que não ocorreram. A instrução para que a nossa defesa fosse feita já aconteceu e espero que a Justiça faça justiça", declarou.
Além do pedido de cassação do governador e da vice-governadora, o senador Elmano Férrer (PTB) e deputados federais e estaduais eleitos em outubro passado também são alvos das Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs), que será divulgado pela Procuradoria Regional Eleitoral do Piauà até a próxima segunda-feira.
O Ministério Público Eleitoral apurou também irregularidades nas prestações de contas dos candidatos e dos partidos. O procurador Kelston Lages pediu ainda a perda dos direitos polÃticos de todos os denunciados. Os processos serão julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauà (TRE-PI). As ações contra o governador Wellington Dias (PT) identificaram entre outras irregularidades abuso de poder econômico com apreensão de dinheiro e material eleitoral durante as eleições de 2014.
O principal elemento da denúncia contra o governador é a prisão do primo dele e ex-assessor no Senado Federal, José Martinho Ferreira Araújo, no dia 11 de setembro, com R$ 180 mil debaixo do banco traseiro de um Fiat Palio. A prisão e apreensão do dinheiro foram feitas pela PolÃcia Rodoviária Federal da Bahia na BR-242, no municÃpio de Barreiras. O dinheiro estava sendo trazido para o PiauÃ, mas Martinho não soube explicar sua origem.