Homem é preso após invasão à agência do Banco do Nordeste em Oeiras durante a madrugada
25/04/2024 - 08:48Suspeito foi detido pela Polícia Militar após invadir o local com ferramentas; nenhum valor foi levado
A Operação Hiena da Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (22) nove pessoas acusadas de fraudarem documentos de restituição de Imposto de Renda (IR) de juízes e funcionários do Senado, que têm no ano remuneração em torno de R$ 200 mil, para sacarem cerca de R$ 700 mil em contas bancárias abertas com documentos e assinaturas falsas. As principais vítimas das fraudes aplicadas contra a Receita Federal detectadas pela Operação Hiena são servidores públicos espalhados por todo o Brasil.
O primeiro indício de fraude constatado na investigação foi em uma agência bancária no interior do Maranhão. A informação é do delegado Regional da Polícia Federal, José Olegário Nunes.
De acordo com o delegado regional, cada restituição fraudulenta chagava a R$ 5 mil e os fraudadores utilizavam o nome de uma vítima para fazer até cinco restituições, chegando a receber até R$ 25 mil.
No Piauí, calcula-se que o rombo tenha chegado a R$ 800 mil. Mas, o prejuízo efetivo foi R$ 200, o restante foi bloqueado.
Segundo o delegado, prisões em flagrante realizadas ano passado mostraram indícios de que haviam saques irregulares de restituições. Com as prisões, a quadrilha mudou o modus operandi e começou a fazer declarações retificadoras, falsificações de documentos para que o dinheiro fosse retido na fonte, como se o bando fosse funcionários de órgãos públicos. Após as prisões a quadrilha também começou a agir em prefeituras.
Há envolvimento de escritórios de contabilidade, mas não há contadores presos. Das 9 pessoas, duas são mulheres e todos são profissionais autônomos.
"Eles fazem bicos e não têm fonte de renda definida. Eles são estelionatários. Sua renda vem desse golpe. Todos se conheciam e faziam parte do mesmo grupo. Estamos investigando se há mais envolvidos", afirmou o delegado José Olegário.
De acordo com a Receita Federal essa quadrilha pode estar associada aos bandos de outros estados. Essa possibilidade será verificada a partir dos depoimentos dos presos no Ceará e Maranhão.
Além dos nove presos, os delegados que atuam na Operação Hiena ouvirão mais cerca de 40 pessoas. Segundo o delegado José Olegário, muitas outras serão indiciadas ao longo da investigação.