
‘’Queremos levar a Assembleia para perto do povo’’, destaca Severo Eulálio sobre Avança Alepi em Oeiras
30/04/2025 - 10:00O evento contará com a presença de parlamentares estaduais, lideranças locais e do governador Rafael Fonteles.
O deputado estadual Marden Menezes (PSDB) apresentou hoje, no plenário da Assembleia, um requerimento solicitando que o Ministério Público investigue a falta de medicamentos destinados a doentes crônicos. No Piauí, existem aproximadamente 14.500 pessoas com algum tipo de doença crônica.
Embora o problema seja gravíssimo e interesse a um grande número de pessoas, a proposta do parlamentar tucano não foi aprovada.
Ainda durante a sessão,o ex-secretário de Saúde, Assis Carvalho (PT), que é também deputado estadual, reconheceu a existência de uma "máfia" dos remédios excepcionais. Mesmo assim, ele foi contrário à investigação do MP. "O que deve ser apurado na verdade é esta verdadeira máfia nacional que esxiste com relação a estes remédios. Os laboratórios querem deixar os governadores de joelho. Não é um problema só do Piauí, mas sim de vários estados", reclamou Assis.
A reprovação do requerimento causou revolta em Marden Menezes. "Para a surpresa de todos, o ex-secretário de Saude, ao se opor à investigação pelo Ministério Público, afirmou que há uma máfia nos medicamentos. Ora, se o ex-secretário de Sáude sabia da tal máfia, por que não a denunciou no exercício de sua função. Não seria crime?", questiona Marden.
Em resposta, Assis disse que vai apresentar na sessão de amanhã um novo requerimento, solicitando uma audiência pública para tratar do assunto.
Secretário Telmo Mesquita atribui problema a dívidas com fornecedores
Na semana passada, dia 27, o atual secretário de Saúde, Telmo Mesquita, recebeu representantes dos pacientes crônicos. Na ocasião, Telmo alegou que a demora na entrega dos remédios ocorre porque há pendências com alguns fornecedores. Não obstante, ele garantiu que tal problema seria solucionado o quanto antes.
Ozias Lima, presidente da Associação dos Paciente Renais Crônicos, acredita que o ex-secretário Assis Carvalho é o grande culpado pelo desespero dos doentes que estão à espera de remédios. Ele acusa o petista de desviar parte dos cerca de R$ 8 milhões mensais repassados pelo Ministério da Saúde para a Sesapi adquirir os remédios excepcionais. "Se o Assis Carvalho tivesse um familiar com patologia crônica ele não faria uma coisa dessas. Foi um massacre contra as pessoas que sofrem de patologia. Ele enricou com a miséria dos outros",
Um agravante é que boa parte dos medicamentos excepcionais não são vendidos em farmácias. São distribuídos apenas pelo governo, tendo em vista que seus preços são bastante onerosos, variando de R$ 20 a R$ 2.500.