Ato sem volta

Ato sem volta
Chego a pensar como seria a minha vida
Ah! Seria tão bom
Ser o teu rebento de orgulho
Correr, sentir o teu acalento materno, ouvir a tua voz.
Mas não ouvi tuas palavras, não tive a oportunidade.
Por que?
Qual o motivo de aniquilar uma vida?
Eu fui fruto de amor não correspondido? Ou que foi feito a força?
Minha vida por aqui foi tão efêmera, mamãe
Que nem se deu a chance de responder
Queria poder lutar contra aquele fórceps, mas não tive como, fui tão fraquinho, mamãe
Como pode deixar que fizessem isso?
Não tive culpa de nada. Por que a depositaste em mim?
Por aqui, me sinto seguro
É tão transcendente
Porém queria está ao teu lado, ajudando- te a enfrentar as maldades do mundo ou talvez compartilhando alegrias
Se por acaso sentir minha falta, do que poderíamos viver, ou talvez do menino varão que poderia me tornar
sempre estarei contigo, sempre
E não irei te culpar
como poderia?
Prefiro acreditar que foi para o meu bem, mesmo sendo de uma forma tão dramática.
E toda via te digo, mesmo sem me escutar: EU TE AMO, MAMÃE!
Layssa Vitória

Sobre a autora:

Layssa Vitória Fontes Pimentel, 13 anos, cursa o 9º Ano do ensino fundamental. Elaborou o poemas para o mês das mães, dando voz aos que não tiveram voz, e homenageando a cada mãe pela oportunidade que deu aos seus filhos de terem a vida. Natural de São Francisco do Piauí e residente em Oeiras.