Bocas Pretas e Petistas disputam a direção do Hospital Deolindo Couto em Oeiras

 Depois da definição do secretariado, o governador Wellington Dias (PT) enfrenta um segundo desafio na organização dos quadros da gestão: os cargos de segundo escalão, especificamente no interior do Estado. Para equacionar a questão, ele agendou uma reunião com os deputados da base aliada.

O impasse se dá sobre os critérios de indicação. Atualmente, o deputado estadual com mais votos é o primeiro a fazer a indicação de um nome na direção de órgãos como hospitais regionais, por exemplo, seguido do parlamentar que teve pelo menos 20% dos votos do primeiro mais votado naquela região.

Em Oeiras as disputas pelos órgãos estaduais estão acontecendo entre dois dos principais grupos políticos. Enquanto na Regional de Educação, a professora Luzia Saldanha está próxima de ser confirmada para continuar como diretora regional, a disputa pela direção do Hospital Regional Deolindo Couto segue firme entre o grupo dos Bocas Pretas e os Petistas.

Como o deputado federal Assis Carvalho não conseguiu indicar um nome para a Secretaria Estadual de Saúde, o grupo Boca Preta passou a reivindicar o comando do hospital regional que tem um orçamento superior ao FPM de muitos municípios piauienses.

Em Oeiras, o mais votado no Legislativo foi o deputado Bessah (Progressistas). Mas a indicação do Hospital Deolindo Couto é do deputado federal Assis Carvalho (PT). "A gente sempre votou no governador Wellington Dias, mas na hora da definição dessas posições a gente foi preterido. Temos expectativa de, dessa vez, apresentar nomes que possam contribuir com a gestão estadual no município", completou.

Francisco Costa responde B.Sá: "Tem que ter votado no governador"

"Os votos do Bessah em Oeiras não são casados com os do governador. As principais lideranças dos Boca Preta em Oeiras votaram no Luciano Nunes (PSDB) para governador, logo essa conta tem que ser revista", respondeu  o deputado estadual Francisco Costa (PT) em referência aos votos que teve em Oeiras, sendo cerca de 2 mil contra 7 mil do deputado estadual Bessah (Progressistas).

Bessah retruca Costa e garante que votou no governador e é aliado de primeira hora: "Assis Carvalho foi votado com os votos dos Tapety. Parece sem fundamento o critério de quem votou no governador. O povo do Assis que não votou no Wellington Dias". 

Vale lembrar que, por conta das particularidades da política no interior do estado, com grupos familiares que não se bicam, independentes da liderança estadual, muitos apoios dados por parlamentares não foram seguidos integralmente pelos líderes regionais. Esse critério, inclusive, foi apontado como um dos que influenciaram o veto ao suplente de deputado federal José Maia Filho, o Mainha (Progressistas) para assumir a secretaria estadual de Meio Ambiente, que terminou com uma indicação da deputada federal Margarete Coelho (Progressistas).


Com informações do Meio Norte