A partir desta segunda-feira (30), a população do Piauí poderá registrar boletins de ocorrência diretamente pelo WhatsApp, sem necessidade de deslocamento até uma delegacia. O estado será o primeiro do país a oferecer o serviço de forma 100% digital por meio do aplicativo de mensagens.
A novidade é o lançamento do BO Fácil, uma ferramenta da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Piauí (UFPI). A plataforma funciona por meio do número oficial 0800 086 0190, e permite ao cidadão registrar ocorrências, fazer denúncias anônimas ou acionar o atendimento emergencial 190, utilizando apenas o celular.
Para registrar um boletim de ocorrência, basta enviar mensagem de texto ou áudio pelo WhatsApp, com informações como descrição dos fatos, local, data, envolvidos e objetos relacionados. O sistema, com uso de inteligência artificial, coleta os dados e gera um protocolo em PDF enviado automaticamente ao usuário. Fotos, vídeos e documentos também podem ser anexados.
Durante uma ligação para o 190, o atendente também poderá enviar um link para que a ocorrência seja complementada via WhatsApp.
O secretário de Segurança Pública, Chico Lucas, destacou a importância da inovação. "Mais uma vez, o Piauí sai na frente. Somos o primeiro estado do Brasil a oferecer o registro de boletim de ocorrência via WhatsApp, de forma automatizada, simples e acessível para todos os piauienses. O BO Fácil é uma resposta concreta à necessidade de modernizar a segurança pública e aproximar o serviço da população", afirmou.
Além do registro de ocorrências, o BO Fácil também permite o envio de denúncias anônimas, com garantia de sigilo, e comunicação direta com o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), com possibilidade de compartilhamento da localização em situações de emergência.
Segundo a SSP, as informações recebidas são analisadas e validadas por policiais. O delegado Anchieta Nery, diretor de Inteligência da secretaria, reforçou que o sistema é seguro e que registros falsos poderão gerar responsabilização criminal.
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