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Várias casas construÃdas pela Empresa de Gerenciamento de Recursos do Estado (Emgerpi) estão rachando e prestes a cair no Parque Eliane, na zona Sul de Teresina. Os imóveis, em número de 103, sequer foram concluÃdos e ironicamente fazem parte do Programa Moradia Melhor cujo os recursos foram liberados pela Caixa Econômica Federal. A obra teve inÃcio a cerca de quatro anos e até esta data apenas uma das casas foi concluÃda parcialmente.
Uma das famÃlias prejudicadas é a do pedreiro LuÃs Pereira de Araújo Filho, 39 anos. A Casa deles nunca foi concluÃda e imaginando que a obra ficaria logo pronta, ele passou a morar de favor na casa de um comerciante que fica em frente ao seu imóvel. "Já estou aqui há quatro anos e nunca terminaram. A minha mulher está prestes a me largar", diz ele.
A casa destinada ao pedreiro, que fica na Avenida São José, já está coberta, mas ele não se arrisca a ir para baixo porque a casa está toda rachada e pode cair na cabeça da sua famÃlia. "Até o radier não suportou e rachou", diz ele. Radiê é uma peça usada pelos pedreiros para evitar justamente que os imóveis fiquem com rachaduras.
Não só as paredes, mas o piso está afundando e a situação é ainda pior porque uma das moradoras vive em um colchão de água que devido ao afundamento do terreno, o quarto não está no mesmo nÃvel.
Segundo a dona de casa Maria das Graças Ribeiro, de 46 anos, a presidente da Emgerpi, Lucile Moura já deu várias entrevistas prometendo que as obras serão retomadas, mas os moradores não acreditam mais. "Até a construtora que trabalhava aqui já está em outro bairro", afirmou.
A casa onde mora Graça é a que está com as obras mais próximas de terminar. Ela alega que foi porque fez a exigência devido à residência só morar idosos. "Mas, a situação aqui é igual a das outras casas", argumenta ela, mostrando as rachaduras.
O serviço foi tão mal feito que nem mesmo as manilhas foram colocadas nos buracos das fossas. Os moradores mostram os buracos cheios de mato e lixo, onde segundo eles, diversos acidentes já foram registrados, principalmente com crianças que caem nos buracos e se machucam.
"Aqui está que nem a barragem de Algodões que rompeu porque nunca fizeram os reparos, apesar dos alertas. Se nada for feito uma destas casas vai terminar caindo na cabeça das famÃlias e quando a tragédia tiver acontecido é que vão tomar as providências", diz Graça.
Além da falta de conclusão da obra, do mal acabamento, mais famÃlias também denuncia que o material usado é de baixa qualidade e que parte deste material foi desviado. Um dos moradores mostra uma coluna na porta da sua casa que está prestes a desabar porque é uma coluna oca. De dentro a famÃlia tira grande quantidade de pedaços de papel. Já no Parque existem casas muito boas que foram concluÃdas logo porque houve desvio de material, segundo os moradores.
Diário do Povo