São Raimundo Nonato
Caso João Rodrigues: Juiz determina soltura de irmãos envolvidos no crime
O juiz revogou a prisão dos irmãos, mas com medidas cautelares fixadas. Os demais acusados seguem presos.
Por: Da Redação em 29/10/2022 - 19:43
O juiz Carlos Alberto Bezerra Chagas, da Comarca de São Raimundo Nonato, determinou durante audiência de instrução realizada nesta sexta-feira (29), a soltura dos irmãos Precilla Ferreira Pereira Fernandes e Luiz Ferreira dos Santos Neto, suspeitos de envolvimento no assassinato de João Rodrigues Dias Neto, marido da secretária de Assistência Social e Trabalho do município.
O crime aconteceu no dia 13 de setembro deste ano, no centro da cidade, após a vítima ter ido buscar as filhas na escola. Ao todo, oito pessoas são acusadas de participação na execução, onde seis foram indiciadas por homicídio qualificado.
O juiz revogou a prisão dos irmãos, mas com medidas cautelares fixadas. Elas são:
1. Proibição de ausência desta comarca, por mais de 15 (quinze) dias, sem prévia autorização judicial;
2. Proibição de contato, por qualquer meio, com os demais acusados, testemunhas e familiares da vítima;
3. Obrigação de comparecimento a todos os atos do processo sempre que regularmente intimados.
O representante do Ministério Público se manifestou pela manutenção das prisões preventivas dos acusados Juniel Assis Paes Landim, Paulo Ferreira Pereira, Juliermes Braga Paz Landim e Luiz Ferreira dos Santos. Já em relação à Patrícia Ferreira Pereira e Precilia Ferreira Pereira Fernandes, o Ministério Público se manifestou pela revogação da prisão domiciliar a que estão submetidas.
Quanto aos acusados Mauro Viana de Almeida e Roniglesias dos Santos Silva, o Ministério Público se manifestou pela substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas da prisão, que não foram concedidas. Além disso, o magistrado requisitou a autoridade policial, no prazo de 15 dias, o resultado da quebra de sigilo de dados dos aparelhos celulares dos acusados e da vítima, apreendidos.
Motivações do crime
Segundo o delegado Marcelo Barreto, da Delegacia de São Raimundo Nonato, que presidiu as investigações, o assassinato foi motivado por vingança, após a morte do pai de alguns dos mandantes do crime em um acidente de trânsito em que João Rodrigues se envolveu, apontado por eles como um suposto culpado.
“Foi um crime de mando. O executor foi contratado para cometer esse delito e a motivação seria essa vingança pelo dia 2 de junho do presente ano, o pai, o senhor pedro, teria falecido em um acidente automobilístico que nós concluímos na época no inquérito, sem indiciamento do João Rodrigues, atual vítima do homicídio e não houve uma concordância. Houve um inconformismo da família que não procurou os meios legais e impugnação para isso”, destacou o delegado.
Os presos
Foram presas seis pessoas inicialmente: O autor dos disparos, Juniel de Assis Paes Landim; Juliermes Braga Paz Landim, que estava escondendo a arma utilizada no crime; Paulo Ferreira Pereira, mentor do assassinato, além de Patrícia Ferreira, irmã de Paulo, seu marido e um mototaxista, que teria levado o autor dos disparos ao local do crime em um veículo.
Dias depois foram presos mais três: Patrícia Ferreira, irmã de Paulo, seu marido e um mototaxista, que teria levado o autor dos disparos ao local do crime em um veículo.