
Homem preso por matar companheira em Colônia do Piauí diz não lembrar do crime
17/06/2025 - 09:19Acusado prestou depoimento na Delegacia Regional de Oeiras; irmão da vítima presenciou discussão e relatou que o acusado confessou a agressão.
O promotor de Justiça Meton Filho, da Procuradoria Criminal, declarou que o governador Wellington Dias (PT) deveria tomar a decisão administrativa de afastar o major Wagner Torres, comandante do Batalhão da Polícia Militar de Picos (319km de Teresina), sob acusação de tortura contra presos.
O governador pode enfrentar processo por improbidade administrativa. A improbidade acontece quando o governante assume conduta imprópria ao cargo. Pode resultar em pedido de cassação.
Meton disse que o chefe do Executivo estadual tem que fazer jus à sua história e afastar o major de forma preventiva. O promotor acredita que permanecendo no cargo Torres poderá influenciar as investigações.
Relatou que órgãos como a OAB nacional, Ministério Público do Estado, Ministério Público Federal, dentre outros, oficiaram ao governador pedindo a adoção da providência legal.
"As medidas jurídicas estão sendo adotadas. O MP fez a denúncia com base em inquérito da Polícia Civil. Cabe ao Judiciário se posicionar sobre o crime. Quanto ao afastamento preventivo, trata-se de uma decisão política do senhor governador."
Segundo ele, promotores de Justiça com atuação na cidade de Picos estão temerosos de retaliações. Ressaltou que o MP não tem nada de pessoal contra o major e pede apenas pelo cumprimento da lei.
Meton Filho analisou o fechamento do comércio picoense em manifestação a favor da permanência de Torres no comando da PM local. Os comerciantes afirmam que ele ajudou a reduzir a criminalidade.
O promotor disse que não se está discutindo a competência operacional do oficial. "Não há conflito neste ponto. Não há processo contra o major por afastar bandidos e sim pelo fato de que presos sob a guarda da PM teriam sofrido lesões de natureza grave.
Fonte: 180 Graus