Civil prende capitão que exercia função de delegado no inter

Cumprindo determinação da justiça, o delegado
regional de Barras, Kleydson Ferreira, prendeu na tarde de anteontem e recambiou para o quartel do comando geral da Polícia Militar, em Teresina, o capitão Reginaldo Soares de Jesus, que atualmente estava respondendo pela delegacia do município de Nossa Senhora dos Remédios, a 169 quilômetros ao Norte de Teresina. Ele é acusado de concussão quando ainda respondia pela delegacia de Barras.

Reginaldo Soares, que ficará recolhido pelo período de cinco dias (prisão provisória) que poderá ser transformada em preventiva, estava sendo investigado como acusado de receber propina, segundo o delegado Kleydson Ferreira, até R$ 3 mil mensais, para acobertar pessoas ligas ao jogo de azar no município de Barras e, mesmo residindo em Nossa Senhora dos Remédios, ele continuava prestando os seus “serviços” orientando pessoas que iriam prestar depoimento no inquérito, com o objetivo de dificultar as investigações.

Diante das evidências, o delegado Kleydson Ferreira representou pela decretação de sua prisão provisória do acusado e foi prontamente atendido pela juíza da comarca de Barras. De posse da ordem judicial, ele deu cumprimento prendendo o acusado em Nossa Senhora dos Remédios e imediatamente promovendo o seu recambiamento para Teresina, onde o coronel Francisco Prado, comandante geral da PM, designou um tenente-coronel para recebê-lo e efetuar o seu recolhimento no quartel, onde ficará aguardando uma decisão da justiça.

Segundo o delegado Kleydson Ferreira, o capitão mesmo afastado do município de Barras estaria interferindo nas investigações ao combinar e até coagir testemunhas que iam depor no inquérito. Ele foi transferido de Barras para Nossa Senhora dos Remédios, no início de dezembro, onde responde pela função da delegado.

Com a prisão de Reginaldo, o município de Nossa Senhora dos Remédios ficou sem delegado até a nomeação de um substituto, o que deverá acontecer na próxima segunda-feira pelo Gerente de Policiamento do Interior – GPI, delegado Adail Abdias de Barros, mas durante o final de semana a segurança daquele município ficará sob a responsabilidade da delegacia regional de Esperantina. Agora, Kleydson tem 10 dias para concluir o inquérito e remetê-lo à Justiça.

Ao falar sobre o assunto, o delegado Kleydson Ferreira lamentou o fato afirmando que “Infelizmente, essa é uma prática que vem acontecendo no interior e que precisa ser combatida”.


Diário do Povo