Saúde no Mural
Cresce o número de pacientes com sintomas de dengue em Oeiras
Tem sido grande a procura por atendimento médico na UPA de Oeiras, por pacientes relatando sintomas de Dengue.
Por: Da Redação em 28/02/2022 - 18:15
 O número de casos confirmados de dengue em Oeiras vem subindo e, nestes primeiros meses de 2022, a doença tem registrado um alto Ãndice de pessoas infectadas pela doença.
Â
A cidade tem vivido um surto da doença, o que deixa os profissionais de saúde em alerta.Â
Â
Muitas pessoas não têm dado a devida atenção para a dengue, mas é uma situação séria. Conforme a cidade vai tendo infestações ano a ano, o próximo é sempre pior.Â
Â
E esse aumento pode ser percebido pelo grande número de pessoas que procuram a UPA em busca de atendimento médico. Depois da alta dos números de pacientes com sintomas de sÃndromes gripais, agora a queixa da maioria deles é de sintomas de dengue. E para piorar a situação, pacientes relatam que falta medicamentos naquela unidade se saúde.Â
Â
Miguel Angelo Ribeiro de Sousa, coordenador da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, esclarece que as arboviroses são doenças epidêmicas e são transmitidas pela fêmea do do Aedes aegypti. "Então assim, as doenças que estão relacionadas principalmente com esse mosquito na fase adulta são a dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Essas doenças obedecem uma sazonalidade, então é um evento que ocorre sempre num determinado perÃodo do ano. Ou seja, com relação a questão da dengue, zika, chikungunya principalmente, e a febre amarela elas tem um perÃodo determinado no ano que ela ocorrem principalmente no nesse tempo em que a gente tem acúmulo de águas limpas, em que isso possibilita juntamente com a água e a temperatura, a proliferação, a manifestação, a reprodução desse mosquito Aedes aegypti, e a partir daà aumenta a transmissão dessa doença. Então quando se trata da questão para dengue e e chikungunya, atualmente no municÃpio de Oeiras nós vamos observar que o municÃpio já está experimentando neste momento um surto. E qual é essa diferença? Por que surto? Porque esses eventos, esses casos que estão acontecendo estão localizados, estão distribuÃdos nos bairros de nossa cidade e isso não chega a ser caracterizado como uma epidemia. O que vai diferenciar é exatamente escala de disseminação. Então com relação a essas doenças, elas são esperadas acontecer nesse perÃodo devido as chuvas, o acúmulo das águas, a umidade, tudo isso favorece, possibilita a transmissão dessa doença. Esclarece o cordenador, que diz que "Pensando nisso, a Vigilância Epidemiológica do municÃpio no caso representado pela minha pessoa, enquanto coordenador, teve a preocupação em convocar para uma reunião alguns setores que estão relacionados com o enfrentamento desse mosquito na tentativa de prevenir casos e de acompanhar mais perto os casos que vem acontecendo, principalmente com relação a chikungunya. Por que a Chikungunya? As queixas que estão aparecendo agora elas são muito compatÃveis para Chikungunya. Então nós convocamos o Serviço de Endemias do municÃpio, a Oitava Regional de Saúde, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Regional Deolindo Couto para discutirmos o cenário desse surto que vem acontecendo nas últimas semanas, para a partir de então a gente traçar estratégias eficazes para esse enfrentamento preventivo e, ao mesmo tempo o acompanhamento e tratamento dessas pessoas", disse Miguel Angelo.
VIDEO
Â
O coordenador diz que está sendo elaborado um relatório que será apresentado a Secretária de Saúde do municÃpio, que inclusive já está ciente da situação, e que nesse relatório vai ser apresentado o quadro aproximado do cenário que vem acontecendo em Oeiras e que já há algumas alternativas de propostas para o enfrentamento dessa doença. "Por toda essa semana a gente vai estar divulgando essas ações. Mas isso não quer dizer que vai ser apenas agora. As equipes de Estratégia de Saúde da FamÃlia, o Serviço de Endemias já vem fazendo isso ao longo do ano. A questão é que nesse perÃodo é esperado o aumento de casos para dengue, zica e chikungunya por conta do aumento da proliferação do mosquito Aedes aegypti", enfatiza.
Â
Miguel Angelo conclui chamando a atenção da população para todos os sinais e sintomas que possam ser indicativos para essas doenças: dores e inchaço nas articulações, febre, dores no corpo, manchas avermelhadas pelo corpo, então tudo isso são sinais compatÃveis tanto para dengue, como chikungunya. "Vamos continuar com as ações que vÃnhamos desenvolvendo: as visitas domiciliares para uma inspeção intra domiciliar e peridomiciliar; a coleta do material que possivelmente possa servir como criadouro desse mosquito. As ações educativas para a população são contÃnuas, porque não adianta querer fazer nada de forma isolada, a população tem que ter o entendimento de que ela é parte integrante desse processo. Vamos continuar elaborando e desenvolvendo nossos mutirões nos bairros da cidade, principalmente naqueles em que tem o maior foco de casos acontecendo. Enfim, são ações que a gente já vem desenvolvendo. Gostaria de solicitar as pessoas que apresentam essa sintomatologia, que informem ao seu agente comunitário de saúde, ao agente de endemias, que vá a Unidade Básica de Saúde de referência para que eles possam proceder uma notificação e investigação e solicitar exames laboratoriais, porque o quanto antes, melhor. Não podemos ficar esperando os resultados dos exames. Nós precisamos tomar pé da situação, nós precisamos enfrentar, nós precisamos tratar as pessoas antes mesmo de chegar os resultados dos exames. Mas isso é se as pessoas buscarem os nossos serviços", finaliza.
Â