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05/08/2025 - 06:33Total Pneus de Oeiras abre vaga para Vendedor/Gerente
A religiosidade do povo de Oeiras é conhecida mundialmente. Não haveria título mais apropriado para este terra que não fosse o de CAPITAL DA FÉ.
Ainda nos idos de 1697 – quando a cidade não passava de uma fazenda, a Fazenda Cabrobó, de propriedade do sertanista e desbravador destas terras, Domingos Afonso Mafrense ou Domingos Afonso Sertão – foi publicada a canônica criação da Freguesia de Nossa Senhora da Vitória do Brejo da Mocha. Tal cerimônia se deu sob a presidência dos Padres Miguel de Carvalho e Thomé de Carvalho da Silva, advindos da Diocese de Olinda para este rincão, sob a orientação do Bispo de Pernambuco, Dom Francisco de Lima.
Os dois religiosos, além do decreto de criação da “freguesia”, ainda traziam consigo, com zelo e reverência, a imagem da Mãe de Deus, a Virgem da Vitória, que foi entronizada no altar da capela de taipa e palha, construída com muito amor pelos moradores locais, a Matriz de Nossa Senhora da Vitória.
Estava, pois, oficialmente criada, fundada e instalada a primeira comunidade católica da então Província do Piauí, a futura Paróquia de Nossa Senhora da Vitória.
O local era ermo, habitado por pessoas simples, rudes e de pouca instrução. Mas nem por isso Deus se esqueceu desses pequenos, e lançou na localidade, ainda pouco povoada, a semente de fé, que germinou e transformou-se na “Oeiras invicta” de nossos dias, “terra bendita de amor e de paz”.
Anos depois (em 1733), no mesmo local onde estava a capela, foi erguida a bela obra arquitetônica que hoje podemos contemplar com doçura e admiração. Trata-se do primeiro templo regular do Piauí, a Catedral de Nossa Senhora da Vitória, em estilo barroco português, com destaque para seus entalhes e altares, além das seculares e belas imagens sacras, verdadeiras relíquias.
Ao redor do vulto majestoso da Igreja e sob o manto maternal da Virgem da Vitória, a fazenda passou a Vila da Mocha e, posteriormente, nasceu a cidade, primeira capital do Piauí, título que ostentou até o ano de 1852. A Mãe da Vitória é a padroeira da cidade e do estado, “amparo deste povo”, que “se ufana de ter nascido e crescido debaixo te tão benéfico e valioso patrocínio”.
A semente plantada no século XVII deu origem à Capital da Fé. Oeiras é uma cidade rica em festividades religiosas, berço da cultura piauiense. Dentre as festividades de cunho religioso, destaca-se, indubitavelmente, a Semana Santa, época em que o mundo católico rememora passagens da vida de Jesus, destacando-se sua Paixão, Morte e Ressurreição.
Às portas da Semana Santa 2009, a velha urbe, com seus becos, sobrados e praças, veste-se de roxo (cor que, para os católicos, significa penitência e sacrifício) para preparar-se para a maior manifestação religiosa e popular do Estado.
O Mural da Vila se propõe a fazer a cobertura dos eventos que Oeiras (seus moradores, romeiros e turistas) vivenciará nos próximos dias.
Vivamos intensamente este momento de fé e convite a interiorizar Jesus! Façamos essa vivência não por pura TRADIÇÃO, mas sim por ser Ele o ponto de partida e chegada para cada um de nós, por nossa FÉ na Ressurreição.
Sânia Mary Mendes Mesquita de Sousa Santos
Especial para o MURAL DA VILA