XX Caminhada da Paz: Especialistas debatem o combate ao bullying em evento do Rotary Club de Oeiras
29/04/2024 - 08:46Caminhada da Paz acontece no dia 01 de maio, às 16:00h
Dia 12 – 13/11
No geral não ficamos com boa impressão de San Pedro de Atacama e para completar tivemos um pequeno problema no hotel, para falar a verdade fomos roubados, mas nada que possa tirar o brilho da nossa viagem e muito menos interrompê-la. Na partida, de cara, enfrentamos um início de viagem com muito frio, os dedos das mãos chegam a ficar duros e dormentes, em seguida veio o calor e à tardinha vento forte e muito frio, talvez o pior que já tenha enfrentado. Trafegamos por estradas maravilhosas e uma paisagem de cair o queixo. O deserto do Atacama é imenso, inóspito e lindo. Logo depois de Antofogasta paramos na escultura da Mão do Deserto para a foto de praxe e consideramos como mais um objetivo atingido dos muitos desta viagem. Uma segurança para quem quer viajar por Argentina e Chile: “nunca passe batido por um posto de gasolina”. Hoje quase tivemos pane seca por duas vezes. Na primeira tivemos que sair da rodovia principal e abastecermos em uma cidade de nome Taltal que fica 25km fora da carretera. Na segunda tivemos que diminuir a velocidade para economizar e a moto do Rochinha chegou ao posto com menos de um litro no tanque. Hoje estamos em um hotel muito chjque na cidade de Copiapó. Quando viajamos a uma altitude acima de 4500m todas as motos perdem potência, independentemente de marca ou tipo de motor, lógico que as injetadas tem um desempenho melhor. A XTzona gemeu mas cumpriu seu papel.
Dia 13 – 14/11/09
O frio e o vento não nos dão folga e hoje resolveram nos castigar ainda mais. Quando saímos de Copiapó , debaixo de uma neblina densa que nos permitia uma visão muito limitada, o frio era de congelar, tive inclusive que começar a usar meu arsenal de combate ao mesmo. Mas isto foi só o começo, na ausência do calor, o vento bateu forte como nunca e confesso tive medo em muitos momentos pois em alguns deles a moto saiu do meu controle e passou a ser controlada pelo próprio. Enganei-me redondamente, o vento de hoje foi muito pior que o de ontem. Na minha viagem com o Domingos não enfrentamos ventos deste nível e olha que ainda estamos no norte do Chile, portanto longe da Patagônia, que fica no sul. Rochinha agüentou firme e num ritmo mais lento vem dando conta do recado mas quando paramos para abastecer ele afirmou que se nos trechos seguintes houvesse vento como este ele não agüentaria, principalmente no rípio no que estou de pleno acordo, se o vento soprar deste jeito na Carretera Austral vamos ter que alterar o roteiro programado. Sobrevivemos e estamos em Santiago já com mais de 7000km rodados a partir de Oeiras, isto representa aproximadamente 1/3 da quilometragem a ser rodada. Hoje dei uma de Mané e quase ponho o dia de viagem a perder, quando paramos para abastecer verifiquei o nível do óleo e esqueci de enroscar a vareta no local. Logo que acelerei a moto na estrada a vareta foi jogada fora e espirrou óleo por toda moto e também sobre mim. Por muita sorte o Rochinha achou a vareta a uns 200m para trás de onde paramos e depois de uma mão de obra grande, e volta ao posto para comprar mais óleo, pudemos continuar nossa viagem. Onde eu acharia uma vareta para substituir a original? Tenho certeza que Deus está conosco e nos protegerá em cada momento dessa nossa aventura. Finalizo agradecendo a todos que nos mandaram mensagens de incentivo e que estão nos apoiando com boas energias e orações.
Dia 14 – 15/11/09
Neste momento, ás 9:45 da noite, estou em um quarto de hotel em um dos lugares mais bonitos e agradáveis que já tive oportunidade de conhecer, a cidade de Pucón-Ch, localizada bem na base do vulcão Vilarica, totalmente coberto de neve. Acreditem ou não, amanhã nós vamos escalar as suas encontas até a abertura da cratera. Partimos de Santiago com destino a Pucón achando que o dia seria somente de rodar sobre o asfalto já que queríamos chegar o mais cedo possível. Estávamos totalmente enganados, as belezas naturais da estrada e o encontro com um motociclista chileno, Daniel, nos fizeram parar para apreciar a paisagem e conversar um pouco além de algumas fotos, sem elas como provaríamos que estamos realmente viajando? Hoje encontramos muitos motociclistas fazendo o trajeto no sentido contrário ao nosso mas não fizemos nenhum contato. As pessoas nas estradas continuam se deliciando com nossa aventura pois acenam, apontam, sorriem e fazem sinal de positivo. A saudade de todos às vezes bate forte mas o desejo de atingir o objetivo programado não nos permite voltar para abraçá-los neste momento. Amanhã relato a escada do vulcão, com as respectivas fotos, naturalmente.