Governador criticado por medalha a mensaleiro

Os deputados Cícero Magalhães (PT), líder do Governo na Assembléia, Marden Menezes (PSDB) protagonizaram ontem um debate sobre a viagem internacional do governador Wellington Dias e a medalha concedida ao deputado Leonardo Prudente, pelo Governo do Estado. O deputado é um dos principais acusados do escândalo do mensalão do DEM. Ele aparece nos vídeos escondendo dinheiro a na meia e foi homenageado em outubro deste ano pelo governador Wellington Dias. Marden Menezes afirmou que é necessário que o Governo diga o que esse parlamentar fez pelo Piauí, para merecer uma medalha. O deputado citou como fonte o jornal Diário do Povo.


Outra cobrança feita por Marden Menezes foi com relação às viagens do governador do Piauí ao exterior. Ele disse que cada viagem custa caro para o Estado, e não se sabe que benefício foi trazido em forma de investimento.


Citando artigo do jornalista Zózimo Tavares, que ofereceu o exemplo de Petrônio Portella, que visitou a Casa Branca, no Governo do presidente Kennedy, Marden Menezes disse considerar importante que o governador Wellington Dias preste contas de sua viagem. Sobre pronunciamento do petista Paulo Martins, que leu trechos de matéria da Folha de São Paulo sobre o escândalo do governador José Roberto Arruda, Marden Menezes disse que tal escândalo foi tão grande que ofuscou o envolvimento de um genro do presidente Lula com o chefe de uma quadrilha, igualmente, cujo flagrante foi feito em grampo telefônico, pela Polícia Federal.


O deputado Mauro Tapey ofereceu aparte concordando com a cobrança sobre os resultados das visitas do governador ao exterior. Não se trata de querer impedir que o governador viaje, mas que ofereça resultados - frisou.


O líder do Governo na Assembléia Legislativa, deputado Cícero Magalhães (PT), fez a defesa do Governo do Estado lembrando que a viagem do governador Wellington Dias à Europa foi aprovada pelo Legislativo e ninguém disse nada.

Cícero lembrou que a afinidade do Piauí com o governo central é muito grande, mas em nada contribuía para o Piauí, até o governo do presidente Lula.