
Advogado morre afogado durante teste em jet-ski em barragem; fez foto antes de sumir na água
13/04/2025 - 16:31Ele morava em Teresina e teria acabado de comprar o veículo aquático.
A Secretaria de Estado da Defesa Civil anunciou, nesta segunda-feira (9), estado de alerta para as comunidades que vivem às margens do Rio Maratoã (Marataoan) em quatro municípios - Cabeceiras do Piauí, Barras, Batalha e Esperantina.
A orientação da secretaria é que as famílias deixem suas casas, pois o rio, que já estava cheio, está recebendo uma grande vazão de água da Barragem do Bezerro, no município de José de Freitas.
Uma força-tarefa comandada pela Defesa Civil, tenta impedir o rompimento do reservatório, que ameaça dezenas de outras famílias que residem nas proximidades na barragem.
Segundo o diretor do Instituto de Desenvolvimento do Piauí, Geraldo Magela, na manhã de hoje o nível da água na barragem baixou 8 centímetros, o que teria sido possível justamente pela vazão da água para o Rio Maratoã.
Vitorino Tavares, diretor da Secretaria de Defesa Civil, confirmou à reportagem do portal O DIA, na tarde desta segunda-feira, que o estado de alerta foi estendido para os outros quatro municípios citados, por onde o Rio Maratoã passa.
"Foi dado esse alerta, para que as pessoas que moram às margens do Rio Maratoã procurem um local seguro, por conta da possível cheia do rio. Independente de haver ou não rompimento, o rio está tendo sua vazão aumentada, em função da água que está descendo do açude do Bezerro", afirma Vitorino Tavares.
Em Barras, o restaurante Flutuante já foi inundado pelas águas do Rio Marataoã.
Em José de Freitas, algumas famílias recusam-se a deixar suas casas
Mesmo com toda a mobilização do Exército, do Corpo de Bombeiros e de órgãos do Governo do Estado e da Prefeitura de José de Freitas, muitas famílias insistem em permanecer em suas casas, embora estejam cientes do risco que correm.
Uma das moradoras, Maria do Rosário Amorim, que vive há cerca de 25 anos no entorno da barragem, disse à reportagem d'O DIA vai permanecer na sua casa. Ela afirma que o marido trabalha numa plantação de cana-de-açúcar situada próximo à residência onde moram, e por isso não podem deixar a residência, mesmo depois de a prefeitura ter dito que levaria os móveis da casa para onde a família fosse.
A casa de Maria do Rosário fica na Rua Jacob Almeida, num local conhecido como "balão da barragem", que fica bem ao lado da represa, e que será um dos primeiros a ser tragado pelas águas, caso o rompimento de fato ocorra. Ainda assim, ela acredita que terá tempo de fugir, se o pior ocorrer.
As famílias que vivem em áreas vulneráveis estão sendo levadas para casas de parentes ou para escolas da rede pública.