Governo divulga e depois nega demissão

Quem acompanhou ontem, o desdobramento das denúncias contra o Governo do Estado e viu o líder do PT, deputado João de Deus, anunciar pela televisão o pedido de afastamento da diretora da Emgerpi, Lucile Moura, ficou imaginando: os petistas voltaram às suas origens de pregação da legalidade, da moralidade e da transparência dos tempos em que estavam fora do poder. Mas, se houve o que houve, foi por pouco tempo. Logo depois do anúncio da queda da presidente da Emgerpi, a Coordenadoria de Comunicação lançava uma nota informando que ela continuava no governo. A informação sobre a queda de Lucile saiu, inicialmente, no portal acessepiauí. O texto foi assinado pelo jornalista Wesley Salles, que é também assessor do líder do PT na Assembléia Legislativa. Pouco tempo depois, o site se desmentia e negava a saída de Lucile.


Na Assembléia Legislativa, durante uma discussão em plenário sobre as denúncias contra o governo, o deputado Mauro Tapety (PMDB) também deu a informação da saída da secretária. O seu aparte foi transmitido ao vivo pela TV Assembléia. Os deputados da bancada do governo não contestaram a informação dada pelo parlamentar oposicionista

Site informou ameaças de Lucile ao governador

No início da tarde de ontem, o portal GP1 divulgou a matéria confirmando a queda da presidente da Emgerpi, mas ressaltando que o governo foi obrigado a voltar atrás na decisão. Segundo o portal, Lucile teria ameaçado retaliações e que teria mandado avisar ao governador que não cairia sozinha.



Diário do Povo