Justiça federal pode julgar major da pm do piauí

Depois do Ministério Público do Estado, da OAB Seccional Piauí, Conselho Nacional do Ministério Público e OAB Nacional, agora foi a vez da Procuradoria da República pedir providências ao Governo do Estado sobre as denúncias de tortura que pesam contra o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar em Picos, Wagner Torres.


Com a entrada da Procuradoria da República no caso o major Wagner Torres pode ser julgado pela Justiça Federal. O procurador Frederick Lustosa de Melo, encaminhou ofício ao governador Wellington Dias, ao secretário de Segurança Pública, Robert Rios e ao comandante Geral da PM, coronel Francisco Prado, informando que foi instaurado procedimento administrativo visando apurar omissão do Estado no caso das torturas atribuídas ao major Wagner Torres e seus comandados no quartel da PM em Picos. As denúncias de tortura foram feitas pela mãe de Edgar Rocha, um dos acusados preso em uma operação comandada pelo major Wagner Torres, o promotor Elói Júnior, que determinou a detenção de dois policiais.


O procurador da República informa também que "essa grave violação dos direitos humanos pode acarretar incidente de deslocamento de competência do feito para a Justiça Federal". O procurador Frederick Melo concedeu prazo de dez dias às autoridades estaduais para que informem a razão do não atendimento da recomendação do Ministério Público Estadual no tocante ao afastamento do major de suas funções.


Quando as denúncias surgiram o Cel. Prado, comandante geral da Polícia Militar chegou a pedir o afastamento de Wagner Torres, mas o Governador Wellington Dias determinou a apuração das denúncias.


Antes de deixar o mandato de procurador geral do Estado, o promotor Emir Martina chegou também encaminhar oficio ao governador Wellington Dias para que o major fosse afastado do cargo.




Texto: Kátia D'angelles