Agência dos Correios em Oeiras arrecada donativos para vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul
10/05/2024 - 09:11No site oficial do Governo do RS é possível consultar quais os materiais mais necessitados no momento.
“Agora que o laudo saiu, só me resta chorar”. Foram estas as palavras da médica Cristiane Marcenal, mãe da menina Joanna, diante da confirmação de que a filha sofreu maus tratos antes de morrer, no último dia 13 de agosto. Joanna, de 5 anos, deu entrada num hospital do Rio naquele mês ferida e inconsciente e foi atendida por um falso médico, que não deu o diagnóstico correto e a mandou de volta para casa – o que resultou em sua morte. Além da denúncia sobre a atuação de falsos médicos no Rio e em todo o país, o caso chocou pelas condições em que a menina chegou ao hospital. De acordo com o laudo, as lesões que ela tinha nas nádegas foram causadas por motivações físicas ou substâncias químicas, e as cicatrizes e feridas no corpo são traumas. Segundo o laudo, Joanna morreu de uma meningite desenvolvida a partir de herpes, e que todo o quadro da doença pode ter se desenvolvido a partir de baixa imunidade – o que pode ocorrer por forte estresse.
A menina estava desde o fim de maio sob a guarda do pai, o técnico judiciário André Marins. Uma empregada que trabalhou alguns dias em sua casa declarou que tinha visto a menina amarrada e suja de urina e fezes. Nas poucas vezes em que falou sobre o caso, ele disse que a filha tinha convulsões e que – aconselhado por uma psicóloga – ele amarrava as mãos da menina para protegê-la. Mas a psicóloga que a atendia, Lilian Paiva, desmentiu essa versão. Disse que Joanna começou a ser atendida por ela em bom estado e, aos poucos, passou a aparecer fisicamente debilitada e muito nervosa, pedindo colo.
Cristiane acredita que não haja mais dúvidas dos maus-tratos por parte do pai. Só não consegue entender os motivos. Ela conta ao Mulher 7×7 como foi a inversão da guarda da menina e como foi o relacionamento com o pai de Joanna ao longo do tempo.