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Por falta de pagamento da produtividade, os
médicos resolverem paralisar todas as cirurgias eletivas marcadas no Estado. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos, Leonardo Eulálio, os valores do SUS foram repassados para o Governo do Estado, mas a administração ainda não efetuou o pagamento dos profissionais de Saúde. Os médicos anunciaram que a paralisação será realizada nos dias 23 e 24 em todos os hospitais do Piauí.
Eles reivindicam vencimentos atrasados e decidem, em assembléia geral, por greve por tempo indeterminado. O Governo ainda precisa economizar cerca de R$ 70 milhões para se adequar à queda de repasse e receita. Segundo informações do presidente do Sindicato dos Médicos, o pagamento referente à produtividade está atrasado há três meses. “Ninguém trabalha de graça. Tem que ter condições de trabalho. Deixando de receber, deixam de realizar cirurgias”, assegurou o presidente. Há suspeita que a finalidade do dinheiro esteja sendo desviada.
Leonardo Eulálio afirmou que os recursos foram repassados ao Estado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas até agora não repassou à categoria. “Os reajustes já deveriam ter acontecido. Antes o médico tinha um espelho e sabia quanto receberia, e hoje não tem mais”, informou.
Até agora foram suspensas cirurgias no Hospital Justino Luz, em Picos; no Hospital Infantil e no Hospital Getúlio Vargas, em Teresina. Podem parar as cirurgias no Hospital Tibério Nunes, em Floriano, antes do prazo previsto. Cerca de 150 procedimentos cirúrgicos eletivos, que não possuem caráter de urgência, devem ser suspensos, num levantamento preliminar feito pelo Sindicato dos Médicos.
A categoria vai realizar uma assembléia geral no dia 22 de abril, na sede do Sindicato dos Médicos, onde vão decidir ou não por greve por tempo indeterminado. “Vamos dar tempo para negociações. Todos os gestores têm conhecimento da realidade. Os vencimentos estão atrasados”, informou Leonardo Eulálio.
O Governo do Estado adotou uma série de medidas para contenção de gastos, inclusive a determinação de suspensão da gratificação de condição especial de trabalho. Uma comissão de médicos vai ter uma audiência com o secretário de Saúde, Assis Carvalho, para tentar negociar o repasse do pagamento da produtividade, antes da paralisação.
O governador Wellington Dias assegurou a manutenção em dia do calendário de pagamento dos servidores públicos. Ele disse que o Estado vai segurar um pouco a realização de novos concursos, embora deva manter a convocação de concursados.
Segundo Wellington, o Estado precisa economizar cerca de R$ 70 milhões e isso será feito mediante redução das despesas de custeio, como horas extras, gastos com telefone e aluguel de veículos, entre outras medidas.
Diário do Povo