Ministério Público pede retirada de propaganda da Skol do ar porque chama Argentino de 'maricón'

 A campanha da Skol realmente deu o que falar. A ação criada pela F/Nazca, que mostrava argentinos abrindo latas que "falam", rendeu uma recomendação no Ministério Público Federal em Minas Gerais, que pediu a suspensão do filme.

A retirada do comercial do ar se deu após um cidadão argentino que reside em Belo Horizonte ter feito a representação no MPF. A pessoa teria se sentido ofendida pelo fato de a lata "falante" chamar um homem com a camisa da seleção argentina de "maricón" (em português, significa "maricas, homem efeminado, aquele que é homossexual, medroso, covarde").

Para a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, a campanha tem duas vertentes discriminatórias. Além do caráter homofóbico, também foi levado em conta o preconceito contra outra nacionalidade. A procuradoria entende que já existem diversas leis que vetam tal comportamento na Constituição, além do próprio Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, que diz, em seu 20º artigo, que “nenhum anúncio deve favorecer ou estimular qualquer espécie de ofensa ou discriminação racial, social, política, religiosa ou de nacionalidade”.

Assim que recebeu a representação, o MPF instaurou inquérito civil para apurar a situação e expediu recomendação à Ambev para que o comercial tivesse a veiculação suspensa. Também teriam de ser retiradas de circulação latas que carregassem a expressão questionada. Mas, segundo a Ambev, o filme já havia sido encerrada antes mesmo da determinação do MPF.