Neuralink, de Elon Musk, Recruta Voluntários para Teste do Chip Cerebral em Humanos

 A Neuralink, uma empresa fundada por Elon Musk, está embarcando em um marco significativo na pesquisa neurotecnológica. Poucos meses após receber aprovação da FDA (Food and Drug Administration, a agência reguladora de saúde dos EUA), a empresa está buscando voluntários para participar do primeiro teste de seu chip cerebral em seres humanos.

O Estudo PRIME

De acordo com informações do The Verge, este teste inicial é planejado para ter uma duração de seis anos. O estudo, conhecido como PRIME, tem como objetivo principal avaliar a tecnologia desenvolvida pela Neuralink, que foi especificamente projetada para auxiliar pessoas que utilizam dispositivos de controle de paralisia.

A empresa está à procura de voluntários que atendam a critérios específicos para participar deste estudo inovador. Os candidatos devem ser pessoas com tetraplegia causada por lesão vertical da medula espinhal, com idade superior a 22 anos e que tenham acesso a um "cuidador consistente e confiável" para fazer parte da pesquisa.

O estudo PRIME se concentrará em investigar três componentes essenciais simultaneamente:

Implante N1: Este é o dispositivo cérebro-computador desenvolvido pela Neuralink, que permite a comunicação direta entre o cérebro e um computador.

Robô R1: Um robô cirúrgico especializado que é responsável pela implantação segura do dispositivo N1 no cérebro do paciente.

N1 User App: Um software que se conecta ao dispositivo N1, traduzindo os sinais cerebrais em ações de computador ou controle de dispositivos externos.

Durante os seis anos do estudo PRIME, a Neuralink planeja realizar testes abrangentes para garantir a segurança e a eficácia desses três componentes do sistema.

Detalhes dos Testes

Os voluntários que se candidatarem ao estudo passarão por um período de pesquisa que se estenderá por 18 meses. Após essa fase inicial, eles serão submetidos a sessões de pesquisa de interface cérebro-computador, seguidas por mais 20 visitas aos pesquisadores nos cinco anos subsequentes.

A Neuralink não especificou o número exato de participantes que farão parte deste estudo pioneiro, nem anunciou a data exata de início das pesquisas. No entanto, a empresa expressou sua intenção de compensar os voluntários pelos custos relacionados ao estudo, incluindo despesas de viagem e locomoção para os locais onde as pesquisas serão realizadas.

Este avanço emocionante na pesquisa de interface cérebro-computador representa um passo significativo em direção a possíveis tratamentos e melhorias na qualidade de vida para pessoas com paralisia. Acompanharemos de perto os desenvolvimentos à medida que mais informações sobre o estudo se tornarem disponíveis.