
Polícia Militar apreende drogas, celular com restrição e motocicleta adulterada em Oeiras
30/04/2025 - 08:38Abordagem no bairro Canela resulta na condução de suspeito à Delegacia Seccional após patrulhamento da Operação Planejada
O estudante de Direito Jaylles Ribeiro
Fenelon apresentará hoje nova documentação para a Polícia Federal. A documentação pode comprovar fraudes em licitações e lavagem de dinheiro na Emgerpi (Empresa de Gestão de Pessoas e Recursos do Piauí). Ele reuniu documentos que apontam licitações fictícias, realizadas com empresas fantasmas para realizar obras que nunca foram feitas. Só a empresa Silva Brito Construções Ltda. movimentou mais de R$ 2 milhões em menos de seis meses.
Parte dos documentos diz respeito à empresa Silva Brito Construções Ltda. que, segundo Jaylles, recebia dinheiro antecipado da Emgerpi e não concluía os contratos. Os contratos eram rescindidos e as obra não eram executadas.
Como exemplo, tem o contrato nº 347/08 que autorizou serviço nas estradas em povoados na região de Guaribas, num total de 67 quilômetros. Segundo documento assinado por Lucile Moura, foram pagos inicialmente R$ 22.916,98 à empresa Silva Brito, equivalente a 3% da obra. Logo depois, foram repassados, no dia 26 de maio, R$ 480 mil.
O contrato foi rescindido com a empresa, que ficou devendo R$ 457 mil à Emgerpi. A então presidente da empresa disse que seria deduzido em outro contrato da Silva Brito com a Emgerpi. O problema é que o outro projeto também foi rescindido.
Um outro contrato com a Silva Brito Construções Ltda. , no valor de R$ 261.986,38 foi pago com nota fiscal avulsa. O processo trata do serviço de recuperação de estradas vicinais de Amarante a Angical.
O contrato foi assinado em 16 de outubro e, pouco mais de um mês depois, em 25 de novembro, foi rescindido. Mas os valores foram pagos, primeiro R$ 118 mil e depois R$ 80 mil, através de transferência eletrônica bancária. A licitação realizada para este contrato foi feita com duas outras empresas: Construtora Sucote e Construtora Líder do Nordeste que apresentaram propostas sem assinatura nenhuma.
As denúncias com os documentos serão encaminhadas ao delegado Alexandre Uchôa, na Polícia Federal. O esquema aponta para falsificação de licitação, lavagem de dinheiro, fraude em documentos, dentre outros. “Tem casos em que o contrato era feito primeiro e a licitação vinha depois, invertendo o processo legal. E as empresas concorrentes sempre eram as mesmas”, comentou Jaylles Fenelon.
O contrato nº 527/08 para realizar obras em estradas vicinais entre Amarante e Angical, no valor de R$ 575.372,51, foi efetivado o pagamento de R$ 17.341,97.
O contrato nº 467/08 era para recuperar a PI-470 entre Caracol e Guaribas, no valor de R$ 727.736,45. A obra não foi terminada, mas foi autorizado o pagamento de R$ 237 mil para a Silva Brito Construções Ltda., quando a empresa ainda devia à Emgerpi. O contrato também foi rescindido, mesmo a construtora não tendo concluído o serviço. “Isso parece uma jogada da ex-presidente para movimentar o dinheiro através dos contratos e depois rescindia tudo”, finalizou o denunciante.
Diário do Povo