O dia-a-dia de Cissa Guimarães depois da perda do filho Rafael Mascarenhas

“Há três dias estou fora do ar. É a primeira vez que ligo a TV e vejo alguma notícia sobre o caso. Só agora vou saber que providências tomar”. Essas foram as primeiras palavras de Cissa Guimarães ao filho João Velho e a amigos próximos que estavam na casa da atriz na noite da sexta-feira durante exibição da reportagem do Jornal Nacional que denunciou o esquema de extorsão e ocultação de provas que seguiu ao atropelamento de seu filho, o músico Rafael Mascarenhas, de 18 anos, praticados pelo sargento da PM Marcelo Leal Souza Martins e o cabo Marcelo Bigon, ambos do 23º batalhão, no Leblon.

Na mesma noite, a atriz telefonou para Técio Lins e Silva, que representa a família no caso, e marcou uma reunião para a noite do sábado para que ele atualizasse todos sobre os procedimentos legais a tomar. O advogado, que é amigo de Cissa há mais de trinta anos, estava com uma viagem programada para este fim de semana, mas desmarcou compromissos pessoais e era esperado na casa da atriz após as 20 horas.



Durante o dia, a atriz saiu de casa pela primeira vez após o velório do filho caçula. Caminhou pelas praias de Ipanema e Leblon e resolveu dar um mergulho no mar para "lavar a alma”, revelou um parente próximo. “Preciso espairecer, não aguento mais ficar em casa sentindo essa dor”, disse Cissa.

Segundo amigos, a atriz pensou em voltar aos palcos no sábado, às 21h30, no Teatro do Leblon, em consideração aos colegas do espetáculo Doidas e Santas. Tanto o diretor, Ernesto Piccolo, quanto os demais atores da peça se solidarizaram com Cissa e disseram que ela poderia descansar o quanto fosse preciso. De acordo com a produção, o espetáculo continuará cancelado por tempo indeterminado.