Piauí vive ameaça de greve na saúde, educação e segurança

O Estado pode parar porque as principais categorias profissionais ameaçam parar em greve a partir de fevereiro. Os médicos, professores e policiais civis estão articulando movimento paredista este mês. Os médicos querem um reajuste de 30% a cada seis meses até 2012. Os professores querem o pagamento dos salários atrasados, o pagamento do piso salarial nacional de R$ 1.134 e o reajuste para os trabalhadores em educação. Os professores não vão iniciar o ano letivo se não houver negociação. Os policiais civis querem reduzir a diferença entre os salários de agente e delegado. Eles vão fazer paralisação de advertência e anunciam greve para o carnaval.

Os médicos se reuniram ontem à noite para deliberar sobre o assunto. O presidente do Sindicato dos Médicos, Leonardo Eulálio, disse que a categoria não aceita mais pagamento de produtividade e gratificações, querem valores que sejam incorporados aos salários. Eles querem sensibilizar os gestores públicos para solucionar o problema. No entanto, os médicos estão dispostos a aceitar fazer vinculo trabalhista, de forma que possa render mais no trabalho.

Segundo o presidente, os médicos não se vinculam, para poderem atender em vários empregos e poder fazer uma renda maior.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Odeni Silva, disse que amanhã terá uma reunião entre representantes das 27 diretorias do Sinte-PI no interior e o Secretário de Educação, Antônio José Medeiros, para tratar de melhores condições de trabalho e melhorar a remuneração da categoria.

Segundo a Presidente do sindicato será avaliada a conjuntura atual e cobrarão o pagamento atrasado. Existem os salários de dezembro e o décimo terceiro de 94. Ela disse ainda que o governador confessou o débito, dizendo que ia pagar em janeiro e agora estão querendo voltar atrás e não pagar mais. O salário família é de R$ 2,50, enquanto a iniciativa privada paga R$ 18,00. E ainda tem o pagamento do piso salarial que atualmente é de R$ 930, deveria ser de R$ 1.134, mas o Governo mandou um projeto de lei para Assembléia Legislativa no valor de R$ 1.020 e este projeto nem foi discutido ainda.

Segundo ela, a categoria vai tomar uma posição em assembléia geral e pode não iniciar o período letivo de 2010, que deveria começar no dia 9 de fevereiro. Ela ressalta que o Governo tem que dar reajuste para os servidores. O mínimo passa a vigorar este mês e deve ter reajuste. completando que a revolta da classe é com o desrespeito do Governo, pela falta de compromisso em prometer pagar e não cumprir. Ficar mentindo e faltando com a verdade.

O presidente do Sinpolpi (Sindicato dos Policiais Civil do Piauí), Cristiano Ribeiro reuniu a categoria em assembléia geral ontem e deliberaram por uma paralisação de advertência e, se não houver negociação com o Governo, vão parar as atividades policiais durante o período de carnaval. A assembléia em frente a Delegacia Geral reuniu quase 300 policiais civis, segundo as contas do policial Constantino Júnior. A paralisação vai durar 48 horas como advertência, a partir de segunda-feira e ainda terão 72 horas para comunicar o movimento de greve.

Os policiais querem reduzir a diferença salarial entre agentes policiais e delegados. Querem tirar os presos das delegacias e ainda melhores condições de trabalho. O presidente do Sindicato dise que irão comunicar a paralisação e deliberar a greve para o período de carnaval.




Fonte: Diário do Povo