
Residência é furtada durante a noite no bairro Jurani, em Oeiras
02/08/2025 - 12:18Ocorrência foi registrada neste sábado, 2, na Delegacia de Polícia Civil
Cerca de 250 detentos da Penitenciária José de Deus Barros, localizada em Picos, estão promovendo um motim desde as 16 horas desta quinta-feira (2). Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Secretaria de Justiça e de Segurança Pública do Estado do Piauí (Sinpoljuspi), Vilobaldo Carvalho, a confusão é uma reação dos presos contra uma decisão do secretário de Justilça, Henrique Rebelo, que resolveu restringir a entrada no presídio de alimentos levados por familiares dos detentos.
Os presos foram avisados da mudança na manhã de hoje e, durante a tarde, se insurgiram. Detentos dos pavilhões B e C do presídio se negaram a entrar nas celas, permanecendo no pátio, e quebraram a parede que fazia divisória com o pavilhão A. Com isso, conseguiram que os presos deste pavilhão se juntassem ao movimento, dando início a um grande quebra-quebra.
De acordo com o Sinpoljuspi, apenas 4 agentes penitenciários e 3 policiais militares se encontram de plantão na penitenciária. Eles enfrentam grandes dificuldades para controlar a situação. Vilobaldo Carvalho e mais alguns dirigentes do sindicato estão se deslocando para Picos, para apoiar os colegas plantonistas, e devem chegar ao local na madrugada desta sexta-feira (3). Ele disse, ainda, que recebeu informações de que a Polícia Militar está mandando reforço para o presídio. Também um juiz e dois promotores de Justiça foram acionados para ajudar a pôr fim ao conflito.
Por sua vez, o diretor de presídios da Secretaria de Justiça, tenente Anselmo Portela, afirma que a situação já está sob controle e que irá amanhã até a Penitenciária para se inteirar dos fatos.
As precárias condições em que funciona a unidade vêm sendo alvo constante de reclamação por parte do Sinpoljuspi. Entre os principais problemas apontados pelo sindicato estão a superlotação (há apenas 144 vagas, mas a penitenciária comporta atualmente 330 detentos), o número reduzido de agentes penitenciários (três ou quatro por plantão) e a falta de equipamentos de segurança.