
‘’Queremos levar a Assembleia para perto do povo’’, destaca Severo Eulálio sobre Avança Alepi em Oeiras
30/04/2025 - 10:00O evento contará com a presença de parlamentares estaduais, lideranças locais e do governador Rafael Fonteles.
O coordenador do Grupo Dever de Classe, ligado ao Sinte-PI (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), professor João Paes Landim Neto, fez uma denúncia pública de desvio de dinheiro do Fundeb para pagamento de folhas paralelas em órgãos do Governo do Estado. O grupo pede apuração do Ministério Público e da Polícia Federal para apurar folhas secretas no Governo.
Landim Neto alegou que o dinheiro está sendo desviado da Secretaria de Educação, procedente do Fundeb, para aplicar em outros órgãos. Parte do dinheiro está sendo usada para pagar folhas secretas, principalmente na Secretaria de Administração, para pagar servidores terceirizados, segundo o professor da rede estadual de ensino.
Segundo Landim Neto, a investigação está em curso na PF para apurar as folhas secretas, mas precisa haver uma investigação especifica para identificar o valor do desvio dos recursos do Fundeb que estão financiando estas irregularidades.
"Nós vamos denunciar o ca-so, mas o Sinte tem que formalizar também a denúncia ao Ministério Público, senão, estarão sendo coniventes. Queremos a apuração do desvio dos recursos que seriam para aplicar na Educação", enfatizou Landim Neto.
Ele disse que na última assembléia geral da categoria, o professor Raimundo Paulo, da direção do Sinte, declarou que o Governo estava desviando as verbas do Fundeb e tem como provar isso.
"Tem folha secreta no Estado que estão sendo investiga-das pela Polícia Federal. O Estado recebeu cerca de R$ 419 milhões do Fundeb este ano. Deste valor, 60% é para pagar professores e funcionários, no entanto, o Governo ofereceu zero de reajuste na nossa data-base", reclamou o professor.
"Este dinheiro tem finalidade especifica, é vinculado e não pode ser gasto em outra coisa. Se não for para pagar professor ou aplicar na Educação, deve ser devolvido. Então, exigimos que seja feita a investigação e o dinheiro seja aplicado corretamente", destacou Landim Neto.
Professor denuncia obras superfaturadas nas escolas
O coordenador do Grupo Dever de Classe ainda denunciou que o Governo fez fachada de escola superfaturada. "Este preços estão muito altos. É em média R$ 70 mil por grade na frente das escolas e por dentro, existe o sucatea-mento das escolas. Tem grade bonita e não tem banheiro e nem salas de aula. Por exemplo, o colégio Gabriel Ferreira, no bairro Vermelha, está com a fossa estourada desde ano passado e nenhuma providência foi tomada", reclamou João Paes Landim Neto.
Segundo ele, o Governo tem dinheiro para fazer o que é preciso. Landim Neto citou os 40% do Fundeb que deveriam ser utilizados para a manutenção e equipamento das escolas.
"O Ministério Público deveria mandar chamar o secretário de Educação para se explicar. A Polícia Federal deveria investigar também, por se tratar de verba federal", destacou o professor.
Landim Neto afirmou que as folhas paralelas estão sendo pagas com dinheiro do Fundeb. Ele disse que isso acontece, porque falta controle e fiscalização na aplicação do dinheiro. A denúncia foi tornada pública pelo jornal Dever de Classe, editado pela organização de trabalhadores em Educação.(LC)
Diário do Povo