PT decide no domingo os rumos do partido em 2010

Neste domingo o PT define o posicionamento do partido quanto aos rumos que tomará em 2010. Serão assuntos de reunião do partido a candidatura própria, aliança da base governista e a permanência ou não do governador Wellington Dias no Governo para conduzir o processo eleitoral. O governador Wellington Dias afirmou que é normal haver divergências dentro do PT. Ele frisou que já enfrentou coisa pior e o partido sempre chega a um consenso. O presidente do PT, deputado Fábio Novo, foi escalado para tentar conter as polêmicas provocadas pelo deputado federal Nazareno Fonteles.

"Essas divergências dentro do PT sempre existiram. Existem linhas diferentes dentro do partido e isso nunca afetou diretamente. Sempre chegamos a um consenso. O que o PT decidir tem o meu aval. Mas, como governador, a prioridade é manter a unidade da base", destacou Wellington Dias.

Por outro lado, o ex-secretário de Fazenda, Antônio Neto, afirmou que não se pode colocar em xeque a liderança do governador. "Não se pode criar empecilhos para que ele conduza o processo eleitoral até o fim. Acho que as divergências são minoritárias", frisou.

Para Wellington Dias não foi um erro ter quatro candidatos do bloco governista. Ele disse que conseguiu unir doze partidos que antes se digladiavam. Wellington afirmou que se sujeita a decisão da maioria do partido, de acordo com o que for resolvido na reunião de domingo. "Como disse antes, a minha prioridade é trabalhar a união da base", enfatizou.

O deputado federal Antônio José Medeiros, pré-candidato do PT ao Governo do Estado, afirmou que as divergências internas são promovidas por uma minoria radical do partido. Ele disse que queriam jogá-lo contra o governador. "Eu considero uma missão impossível esta", frisou.

"O que nos une é um ideal. Somos companheiros de partido não só por causa de um interesse eleitoral. É uma missão impossível querer me jogar contra o governador. O diretório vai tomar uma decisão no domingo. Vamos encontrar a melhor solução. A coordenação do governador é democrática, ouvindo todos os partidos", assinalou Antônio José Medeiros.

O ex-secretário Antônio Neto criticou o extremismo do partido em questionar a liderança do governador Wellington Dias. "O bom senso no meu partido prevalecerá. Depois de sete anos de governo, ele está sim legitimado a conduzir esse processo. Todos queremos a união da base e o governador no Senado ", disse.

"A decisão do candidato não foi tomada ainda. Só será tomada no dia 19. Nós não podemos antecipar. Temos que trabalhar a unidade. Temos que pensar no ponto de vista de todos. Temos que apontar para o avanço e não para o retrocesso", enfatizou Antônio Neto.