PT discute candidatura e deve entregar os cargos

Os deputados federais Nazareno Fonteles e Antônio José Medeiros voltaram a afirmar que o PT deve ter sua própria candidatura e que um prazo até junho para definir situação do bloco da base não pode ser tido como normal.

"Há muito eu dizia que o melhor caminho é cada um ter sua candidatura e se unir no segundo turno. E agora, por caminhos tortuosos, estamos caminhando para isso", declarou o deputado federal Nazareno Fonteles, para justificar que o PT vai ter candidatura própria ao governo do Estado, rompendo com o governador Wilson Martins, porque não cedeu a vaga de vice-governador para os petistas.

Nazareno Fonteles defendeu que os petistas que ainda estão no governo entreguem logo os cargos e anunciem a candidatura própria. O PT já decidiu que não fará aliança proporcional para não servir de escada para outros partidos e decide agora se terá candidato a governador. Seria uma chapa pura.

"Defendo, em caso de candidatura própria, a saída do PT dos cargos. Não é que vamos para a oposição, porque o governador Wilson Martins defende o mesmo projeto que nós. Mas o PT já mostrou que tem capacidade", adiantou o parlamentar.

O governador Wilson Martins afirmou que a vaga de vice está reservada para o PMDB, enquanto isso, o PT pressiona para ocupar a vaga. Se não for contemplado é que optará por lançar candidato próprio. Por isso, o deputado federal Antônio José Medeiros fez o registro da candidatura no diretório do PT, com antecedência. Antonio José Medeiros disse em entrevista a TV Antena 10 que "esse discursos de quem tem prazo não tem pressa não cola para a atual situação", afirmou o deputado. Segundo Antonio José o blocão governista não pode ficar a mercê de outros partidos para definir sua situação.

Com este posicionamento, já que decidiu ter chapa proporcional pura, o PT pode prejudicar a candidatura do ex-governador Wellington Dias ao Senado. Os partidos que ainda compõem a base aliada reagiram, alegando que o PT quer as melhores indicações não deixa vaga para a coligação dos demais partidos.