W.Dias diz que Wilson 'tratorou': 'PT foi colocado pra fora'

O senador Wellington Dias (PT) se pronunciou pela primeira vez nesta sexta-feira (03/01) após o governador Wilson Martins (PSB) "expulsar", como dizem os próprios petistas, o PT da base governista. W. Dias se defendeu da acusação de ter se aliado a adversários e rebateu ao afirmar que adversário é ‘Heráclito Fortes e Sílvio Mendes’. Foi em entrevista aos programas Jornal do Piauí, da TV Cidade Verde, e Agora, da TV Meio Norte.

W. Dias afirmou que Wilsão colocou ‘uma faca na garganta do PT’. O senador declarou que se sente ‘tratorado’ pelo governador, que é chamado por adversários e aliados de ‘trator’, devido à forma política de trabalhar. ‘Não se trata amigos e parceiros com faca na pescoço. Eu cheguei de viagem e encontrei um ambiente onde nos sentimos tratorados (em referência ao apelido de 'trator' que tem o governador). Era clima de fim de ano, de confraternização”, explicou.

Wellington Dias demonstrou toda uma mágoa e afirmou que tentou conversar com o governador após voltar da viagem a Espanha mais não teve oportunidade. O petista disse ser absurda a justificativa usada pelo governador para tirar o PT do governo. Wilsão acusou Wellington Dias de se unir aos adversários Ciro Nogueira (PP) e João Vicente (PTB). Mas segundo o petista, foi o governador que se uniu aos adversários do PT, quando aceitou a filiação do ex-senador Heráclito Fortes ao PSB. W. Dias também se mostra incomodado com a aproximação de Wilsão com o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB).

'GOVERNADOR QUE SE ADIANTOU'
O petista revelou que ao voltar da Europa encontrou os petistas indignados com a pressão sofrida por parte do governador e conversou com o partido e pediu que ninguém saísse do Governo. “Como o governador não tinha apresentado nenhum candidato ainda, nós entendemos que não havia motivo para sair. Mas o governador se adiantou e resolveu tirar o partido do governo.

'COM ESSA TRATORADA, FICA DIFÍCIL'
Wellington Dias acusou Wilson Martins de ter antecipado a discussão eleitoral ainda em junho de 2013 quando colocou o vice-governador Zé Filho como candidato ao governo. “Essa era uma discussão para ocorrer apenas em junho de 2014, mas ele adiantou. Com essa tratorada é difícil que ainda possa haver um entendimento”, disse.