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O governador Wellington Dias ingressou com representação na Polícia Civil contra o jornalista Toni Rodrigues, editor da coluna “Banda Larga” e repórter especial do portal 180graus, acusando-o de calúnia e difamação por conta de matéria produzida e publicada em 28 de abril. Na matéria, o jornalista revelou que a ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), que homenageou o governador com o título de Líder Nacional de Responsabilidade Social, concedido em São Paulo (SP), teria apresentado cobrança no valor de R$ 67,9 mil.
Na manhã de ontem, por volta das 11h15min, o jornalista recebeu intimação da delegada de Polícia Civil Daniela Barros Tavares de Melo, para comparecer ao Suporte de Operações Especiais da Delegacia Geral, a partir das 10h desta quinta-feira (02), “a fim de prestar esclarecimentos em procedimento em curso nesta delegacia.” De acordo com a delegada, a representação partiu do governador Wellington Dias por sentir-se ofendido na sua honra.
Sobre o assunto, o jornalista comentou estranhar que o chefe do Executivo estadual tenha se utilizado de uma instituição a ele subordinada, no caso a Polícia Civil, para fazer o encaminhamento da presente ação. “Esse tipo de procedimento lembra os tempos da ditadura, em que o DOPS intimidava, perseguia e maltratava jornalistas e adversários políticos”, acrescentou Toni Rodrigues.
Ele disse que se sente constrangido em ter que comparecer a uma delegacia de polícia em pleno período democrático para tratar de um assunto que se refere especificamente ao direito de expressão. “Nunca imaginei que num governo comandado pelo PT, um partido que lutou pelas liberdades democráticas e pelo direito que as pessoas têm de se pronunciar, isso pudesse acontecer. É absurdo. O governador agride a história do seu próprio partido”, lamentou.
Toni Rodrigues passou o dia inteiro recebendo telefonemas e mensagens de solidariedade dos colegas jornalistas, que consideram um absurdo a atitude do governador. O jornalista afirma que ao produzir a matéria em questão agiu movido unicamente pelo interesse na verdade dos fatos. “Entendo que as pessoas têm o direito de saber a verdade, seja ela qual for, e é dessa forma que atuo como profissional de imprensa. Por que o governo se sentiu ofendido se não há qualquer ataque contra sua pessoa? Por que não deseja que as pessoas tomem conhecimento do que de fato aconteceu? Houve uma proposta logo depois de uma premiação ao governador e foi isso que noticiamos. Nada mais que a verdade.”
A matéria que deu origem à representação é meramente informativa. Nela, informa-se que a entidade ADVB teria apresentado proposta de comercialização optativa para publicação de uma revista, conforme explica a própria entidade, em email enviado a membros do governo.
A proposta é assinada por Mariangela Capelli Arceno, gerente de Eventos da ADVB, que atende no fone (11) 3372-3800. O email que originou a mensagem é mariangela@advbfbm.org.br. A delegada Daniela Barros Tavares de Melo afirma que o governador representou por delito contra a honra. Os crimes contra a honra são previstos nos artigos 139 e 140 do Código Penal.
Diário do Povo