Wilson diz que pesquisas vão definir decisão sobre renúncia

O governador Wilson Martins (PSB) disse ontem, durante solenidade no Palácio de Karnak, que a decisão de renunciar para concorrer ao Senado ou permanecer no governo até o final do mandato vai depender de pesquisas de opinião pública - se a maioria dos pesquisados disser que ele deve ficar, ele fica; se preferir que ele saia para disputar a vaga de senador, ele sairá. As consultas serão realizadas antes do fim do ano. Da decisão depende boa parte das definições sobre as eleições do ano que vem.

Ele ainda disse que vai escutar o partido e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sobre a decisão. Eduardo Campos se prepara para ser candidato a presidente e precisará de coordenadores regionais e palanques nos estados, principalmente aqueles governados pelo PSB, como o Piauí. Wilson Martins garante que não existe rompimento com o PT e nem o PSB será oposição a Dilma, embora o partido esteja praticamente dando largada à candidatura de Eduardo Campos, visto hoje como principal ameaça à reeleição da presidente, principalmente depois da filiação da ex-senadora Marina Silva.

O governador do Piauí não acredita em retaliação do Governo Federal ao Estado por conta da eventual candidatura de Eduardo Campos. "Continuamos a gostar da presidente Dilma, a ter uma relação importante do ponto de vista administrativo com ela, e não passa na minha cabeça a possibilidade de, após tomarmos essa decisão (eventual candidatura do PSB), sermos retaliados. Não creio nisso", comentou.

De acordo com Wilson Martins, não há oposição ao PT. "Há um direito legítimo de discutir, de compor uma chapa. Mas se chegar a um cenário que é impossível estarmos juntos em 2014, mesmo assim não será o fim do mundo. E faremos de uma forma absolutamente democrática e respeitosa. Somos gratos ao Partido dos Trabalhadores pelo que construímos juntos", declarou.