Advogada se manifesta sobre agressões contra outra advogada em Teresina

 A advogada Claudete Miranda Castro foi agredida nas dependências da Central de Flagrantes de Teresina, na última quarta-feira (27/12). As agressões teriam partido de três mulheres que desferiram socos, puxaram seu cabelo e lhe xingaram, irmãs de outra advogada, Vanessa Leite, que se manifestou sobre o caso:

Olá a todos da comunidade jurídica e sociedade em geral,

Sou a Dra. Vanessa, advogada, e venho aqui hoje para esclarecer uma situação que todos já sabem. Infelizmente, venho sofrendo ameaças e xingamentos por parte da advogada Claudete e seu grupo. Esta não é a primeira vez que enfrento esse tipo de situação, tendo inclusive registrado uma representação na OAB e um boletim de ocorrência anteriormente.

No dia 27 de dezembro, fui até a central de flagrantes para registrar o nome de um cliente. Nesse momento, a advogada Claudete entrou no local e tentou puxar o livro de registro das minhas mãos, sem sucesso, proferindo ameaças contra mim. Com medo, compartilhei a situação com minha família, e sem meu conhecimento, três das minhas irmãs foram até a central.

Ao chegarem lá, testemunharam um ambiente hostil. Claudete, insatisfeita em apenas me ameaçar, aproveitou-se de minha ausência na recepção para empurrar uma das minhas irmãs e ameaçá-la. O incidente resultou em um conflito lamentável.

Quero frisar que nunca foi minha intenção que minhas irmãs fossem ao local, muito menos que se envolvessem em qualquer tipo de agressão. Como uma jovem advogada, tenho enfrentado desafios para exercer minha profissão devido a esse grupo.

Acredito que, como mulheres, devemos nos unir para construir um ambiente de trabalho saudável e respeitoso. É fundamental superarmos nossas diferenças de maneira construtiva.

Agradeço pela compreensão de todos e espero que possamos trabalhar juntos para promover um ambiente mais positivo para todos nós.

SOBRE O CASO

Segundo a advogada Claudete, ela se encontrava na sala da Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí (OAB-PI), localizada dentro da central, quando foi agredida. A violência foi interrompida pela atuação de funcionários do local.

Segundo a denúncia, a advogada foi arrastada pelos cabelos no corredor do órgão. A vítima passou por exame de corpo de delito que constatou as agressões e ela teve um dente quebrado.

O boletim de ocorrência foi registrado e a Polícia Civil investiga o caso.

A OAB-PI se manifestou sobe as agressões:

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, por meio da Comissão da Mulher Advogada (CMA) e da Comissão de Defesa das Prerrogativas, vem a público manifestar o seu repúdio às agressões sofridas pela Advogada Claudete Miranda Castro nas dependências da Central de Flagrantes de Teresina, na quarta-feira (27/12).

Na ocasião, a Advogada se encontrava na sala da OAB-PI, localizada dentro da Central, quando foi agredida. A violência foi interrompida pela atuação de funcionários do local.

Cumpre-se destacar que é inaceitável todo tipo de violência que vitimiza mulheres, e não há justificativas para episódios assim. Neste sentido, a Comissão da Mulher Advogada vem atuando de forma efetiva no enfrentamento a essa epidemia de violência no nosso Estado.

A OAB Piauí, por meio da Comissão de Defesa das Prerrogativas, esteve presente no local e acompanhou todo o procedimento. Foi solicitado ao delegado de plantão as imagens do circuito interno de vigilância, para instruir o processo criminal, e a realização de todas as medidas cabíveis.

A Seccional manifesta apoio e solidariedade à Advogada agredida. E, ao lado das Comissões citadas, adotará as medidas necessárias junto à Polícia civil para auxiliar e acompanhar a investigação do caso e a punição cabível.

Reiteramos a urgência em conscientização para que atos violentos contra Advogadas e Advogados cessem. Precisamos nos unir em prol de uma sociedade pacífica e justa para todos. Continuaremos acompanhando a situação até a resolução do fato. A Seccional reafirma o seu compromisso na defesa das Prerrogativas das Advogadas e dos Advogados piauienses.

Fonte: Conecta Piauí