Alunos do Buriti do Rei vão à Câmara Municipal pedir apoio contra fim do Ensino Médio na localidade

A sessão da Câmara Municipal de Oeiras nesta segunda-feira, 04, foi marcada pelo protesto dos alunos do Buriti do Rei, zona rural de Oeiras, contra o fechamento do Ensino Médio naquela localidade.

De acordo com Gérson Batista, representante da localidade, os mais de 41 alunos foram informados sobre o possível fim do Ensino Médio, sendo que foi alegado que a escola não tem o número suficiente de alunos para funcionar uma sala de aula. Todavia, há uma forte resistência dos alunos que não querem aceitar o fechamento da escola, pois assim, teriam que se deslocarem todos os dias para Oeiras para a continuidade dos seus estudos. "Queremos continuar estudando na nossa localidade, perto da nossa casa”, disse o representante dos alunos, falando ainda sobre os perigos que os alunos podem correr nessa viagem todo dia para a cidade. “Muitos acidente podem acontecer na BR. Também temos casos de alunos que moram mais de 13 km de distância da localidade, eles têm que sair de casa às 16h e ir para o povoado onde às 18h pegariam um ônibus e vir para a cidade. Na volta chegariam por volta das 23h, e os alunos que moram longe teriam ainda que pegar sua bicicleta e percorrer mais 13 km para chegarem às suas casas. Quando finalmente chegarem ao destino final já são 01h da manhã, e isso não tem a mínima condição. Estamos dispostos a lutar para que nossa escola não seja fechada. Com o apoio dos vereadores vamos conseguir”, finalizou o Gérson Batista.





A vereadora Aleksandra Tapety, agradeceu aos alunos presentes e afirmou que procurada por eles decidiu abraçar a causa, pois os alunos não podem ficar sem a escola na sua localidade. A vereadora, única mulher no legislativo, aproveitou a ocasião para falar sobre o dia Internacional da Mulher, que ocorre no próximo dia 8 de março, saudando a todas as mulheres de Oeiras e ressaltou a Dona Maria de Cota que foi um exemplo de mulher na nossa cidade.



Em seu discurso o vereador Emerson Gonzaga, parabenizou a vereadora Aleksandra Tapety pelo dia da mulher e pela iniciativa de lutar contra o fechamento da escola do Buriti do Rei e também e se dispôs a lutar para que isto não venha a ocorrer. O vereador reivindicou a ampliação do muro do cemitério e várias outras obras naquela localidade.



Já o vereador Miguel Ângelo, agradeceu a todos os alunos do Buriti e diz se sentir envergonhado pelo fato ocorrido na localidade. Ressaltou os recursos da prefeitura de Oeiras, lembrando que em Janeiro entraram mais de 2 milhões e 600 mil reais e em fevereiro entraram mais de 3 milhões e 600 mil reais nos cofre na prefeitura.

“ A prefeitura tem dinheiro suficiente para manter a escola na localidade, e estou ao lado dos alunos vamos lutar para que o prefeito contorne essa situação”, afirmou o vereador.



Miguel Ângelo também lamentou o descaso no cemitério de Oeiras onde o mato esta tomando conta do espaço, e abordou também os convênios parados, com Wireless que custaram mais de 300 mil reais para que fosse colocada internet em toda cidade, onde seriam instaladas 3 torres para que toda a cidade tivesse internet gratuita, afirmando que o dinheiro está na conta desde 28/01/2010.

O vereador voltou a criticar as obras paradas, como a construção de 3 postos de saúde que foi liberado mais de 480 mil reais, a Praça da juventude onde foram liberados mais de 1 milhão 381 mil reais, a quadra do povoado Contentamento e o abastecimento d’água em toda zona rural.

O vereador Beron, falou sobre o cemitério de Oeiras, onde afirma que o descaso é total. Citou também a vila Santa Teresa onde não existe saneamento básico e tem lixo jogado até no meio da rua, e também sobre o bairro Várzea onde o descaso reina. O vereador também declarou todo o seu apoio aos alunos da localidade Buriti dos Reis.



Nilson Miranda falou sobre o programa Caminho Digital que irá proporcionar acesso a internet em todas as localidades do município. Declarou todo o seu apoio aos alunos da localidade Buriti do Rei, e disse se lembrar que em 2007 a localidade teve 2 salas de Ensino Médio, sendo uma do estado e outra do município. “Eles brigavam por alunos para saber onde iam estudar”. Falou também que foi muito procurado por feirantes, pois estavam reclamando que pagavam R$ 10,00 por cada barraca e hoje estão pagando R$ 50,00. Outro ponto também foi a questão da reforma do mercado com isso os feirantes não tem como usar os banheiros, pois estão fechados. Ele propôs como solução para o caso que fossem colocados banheiros químicos para solucionar parcialmente o problema.



O vereador José Alberto, no início da sessão, pediu para se ausentar, por conta do falecimento de uma pessoa próxima a ele.