
Mais de 60 mil eleitores do Piauí podem ter título cancelado em maio; veja como regularizar
28/04/2025 - 08:43Em todo o país, mais de 5,1 milhão de pessoas ainda precisam regularizar o documento.
Após laudo pericial do químico Roosevelt Delano de Sousa Bezerra, que é mestrando em química, pela Universidade Federal do Piauí, foi constatado que o produto que vinha causando irritação, coceira, vermelhidão e olhos inchados nos professores da Rede Municipal de Ensino, que participavam de capacitação, no Ginásio Santaninha, era pó de mico misturado com pó de pimenta.
“Das outras vezes que isso aconteceu, levamos ao Santaninha, bioquímicos e a vigilância sanitária, mas infelizmente nada foi descoberto. Agora por indicação de um bioquímico, levamos ao local um mestrando em química que chegou a uma conclusão”, disse a delegada Janaína Nobre.
Del. Janaína Nobre, que preside as investigações
No local Roosevelt Delano, recolheu material nas cadeiras, que possibilitou a elaboração do laudo. De acordo com o químico, o que vinha sendo usado era pó de pimenta misturado com pó de mico. “Essas substâncias, em contato com o corpo provocam irritação na pele, no rosto e nos olhos e potencializa seus efeitos quando em contato com a água – quando muitos professores pensando que iriam melhorar os sintomas lavavam as partes afetadas”, diz o laudo.
Antes dessa conclusão, várias foram as possibilidades, como o uso de material de limpeza, que continham em sua fórmula, cloreto de amônia, clorofórmio, diclorometano, Fluoreto de potássio e iodo. No entanto essas possibilidades foram descartadas pelo químico, pois tais substancias não provocam as reações no corpo, como as apresentadas pelos professores, sendo que estas em contato com a água perdem o efeito, tem cor destacada e em algumas situações apresentam odor característico, além de não ser de fácil aquisição.
Esses casos de irritação de professores que participam de formação no Ginásio Santaninha, já foram registrados três vezes. Na primeira ocasião, cerca de cem pessoas registraram os sintomas. Já na segunda, dezesseis pessoas, e agora, três pessoas registraram ocorrência na delegacia regional. Na segunda vez que este caso aconteceu, foi designado um delegado especial para as investigações, que não chegou a nenhuma conclusão.
“Com base nesse laudo, podemos classificar este ato como um ato criminoso. A partir desta quarta-feira, vamos ouvir as testemunhas. Essa é uma investigação muito cautelosa, e não podemos apontar suspeitos antes de realizarmos todas as oitivas. Creio que dentro de uma semana concluiremos as investigações”, disse a delegada Janaína Nobre.