Araguaia: Murilo Rosa coleciona na TV personagens bons de montaria

Bonitão do jeito que é, Murilo Rosa é o verdadeiro príncipe encantado da TV. Na pele do domador Solano de “Araguaia”, o ator surge na telinha novamente em cima de um cavalo, conquistando a mulherada da ficção e, claro, também da vida real. O mesmo aconteceu em tramas passadas, como na minissérie “A casa das sete mulheres” (2003) e as novelas “A padroeira” (2001) e “América” (2005). Habilidade na montaria o galã tem, ele garante.

— O meu pai, Altair, é criador de mangalarga marchador há muitos anos. Então, de uma certa forma, eu tive muito contato com cavalos na minha vida. E, na TV, eu fiz muitos trabalhos que tiveram ligação com o animal. Eu gosto muito, sou um apaixonado por cavalos — conta Murilo, que também teve contato com o animal em novelas de época como “Xica da Silva” (1996) e “Mandacaru” (1997), as duas na extinta TV Manchete, e “Força de um desejo” (1999).



Na trama de Walther Negrão, Solano não é apenas um domador. É também um encantador de cavalos. Experiente com o animal, graças ao haras do pai, em Goiás, Murilo explica com ar de bom entendedor:

— Solano é um apaixonado por cavalos, assim como eu. Ele usa a doma racional, a doma inteligente, não a doma bruta. A maioria dos caras que domam cavalo no Brasil e no mundo batem e maltratam o animal.



Quando soube que ia interpretar um encantador de cavalos em “Araguaia”, Murilo resolveu pesquisar sobre o assunto e entender melhor a função.

— Eu li um livro chamado “O homem que ouve cavalos”, do Monty Roberts, que é um domador americano muito famoso. A história é linda, indico a quem gosta de ler — diz.

Infância no Araguaia

Mas não é só a montaria que já era velha conhecida de Murilo. O ator, que nasceu em Goiás, já conhecia bem a região do Araguaia, onde se passa a novela.

— Conheço desde que eu era criança. Pirinópolis era um lugar que eu já havia frequentado quando adolescente. A região do Araguaia talvez seja uma das últimas ainda pouco conhecidas pelos brasileiros. Esse rio tem dois mil quilômetros de extensão, é muito conhecido entre os goianos — explica Murilo.