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Autorizada licitação para a construção de uma Upa em Oeiras
Por: Da Redação em 22/04/2010 - 00:25
A Secretaria da Saúde foi autorizada a iniciar o processo licitatório para a construção das primeiras quatro Unidades de Pronto-Atendimento (Upas) porte II nos municípios de São Raimundo Nonato, Oeiras, Floriano e Bom Jesus. Dentro de 30 dias a licitação deve estar concluída.
As unidades vão funcionar 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana, com objetivo de acabar com a superlotação de hospitais e reduzir as filas para atendimento. O Ministério da Saúde está investindo nas Upas em todo o Brasil. No Piauí serão nove unidades de níveis diferenciados e que vão abranger todas as regiões do Piauí.
Além das unidades de nível II, serão contemplados em outra etapa a cidade de Uruçuí (Upas I) e ainda Teresina, Piripiri, Parnaíba e Picos (Upas III). Cada Upas vai custar em obra física R$ 1.499.683,53 e inclui ainda equipamentos, mobiliário e materiais de consumo totalizando um investimento de R$ 2 milhões para cada unidade.
Segundo a gerente de urgência e emergência da Secretaria da Saúde, Cristiane Rocha, a contrapartida do Estado está relacionada com a manutenção do serviço, mas ainda precisa ser pactuado junto à Comissão Intergestores Bipartite (CIB) o valor a ser repassado para cada UPAs.
O Ministério da Saúde também irá repassar mensalmente uma verba para a manutenção das Unidades sendo R$ 100 mil para porte I, R$ 175 mil para porte II e R$ 250 mil para porte III. A medida visa melhorar a gestão das urgências e emergências no Estado. “Com as Upas o Ministério pretende reduzir a superlotação de hospitais, as filas de espera para o atendimento médico e prestar um atendimento de urgência altamente qualificado”, explica Cristiane Rocha.
A proposta das Upas é prestar atendimento emergencial de baixa e média complexidade 24 horas por dia aos portadores de quadro clínico agudo e atender às diversas demandas da população, especialmente à noite e aos fins de semana, quando a rede básica e o Programa Saúde da Família não funcionam. As unidades recebem a população e avaliam cada situação.
Os pacientes podem ser tratados e liberados, permanecer em observação por até 48 horas ou ser removidos para um hospital, em casos de natureza cirúrgica ou trauma. Nestes casos, as Upas fazem o primeiro atendimento, a estabilização e o diagnóstico que vai definir a necessidade de encaminhar o paciente para uma unidade hospitalar. A implantação das Upas vai privilegiar regiões metropolitanas com, no mínimo, 50 mil habitantes, locais onde existe uma Rede SAMU implantada, municípios onde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é baixo e o atendimento hospitalar é precário.
De acordo com a Portaria 2.922, publicada no dia 2 de dezembro de 2008 no Diário Oficial da União (DOU), as UPAs serão classificadas em três diferentes portes, em regiões com cobertura populacional maior que 50 mil habitantes. As UPAs também vão contar com salas de estabilização (sala vermelha), com dois leitos e equipamentos para o acompanhamento de pacientes em estado grave, antes que eles sejam removidos para um hospital. Cada unidade também terá consultórios de pediatria, clínica médica, odontologia e ortopedia, além de laboratório clínico e salas de raios-x, gesso, sutura, medicação e nebulização.