Base do governo tem dificuldades em unir PMDB e PSB em Oeiras

Depois de fechada a aliança do PSB com o PMDB, em que os dois partidos lançarão o candidato a governador e senador nas eleições deste ano, o governador Wilson Martins e os líderes peemedebistas terão de cuidar da pacificação das bases dos dois partidos nos municípios para que os dois grupos apoiem a chapa majoritária.

Não será uma tarefa fácil unir no município grupos antagônicos locais e colocá-los juntos no mesmo palanque. Não são poucos os municípios onde as diferenças políticas serão difíceis de ser esquecidas. O exemplo mais emblemático é na cidade de Oeiras, onde o grupo do ex-prefeito B.Sá (PSB) dificilmente ficará lado a lado dos Tapety. Lá PSB e PMDB são adversários históricos.

Há 14 dias, o ex-prefeito de Oeiras esteve no escritório do senador Wellington Dias, pré-candidato do PT ao governo, e não foi para apresentar reivindicações da cidade onde seu filho é prefeito. Outro que esteve com Dias foi o prefeito de Picos Kleber Eulálio (PMDB).

O problema não envolve só prefeitos de PSB e PMDB, mas também de outros aliados, como é o caso do PSD, que já faz parte da base e participa do governo.

Desta forma, assim como Oeiras, outros municípios apresentam a mesma dificuldade, o caso de São Raimundo Nonato. Embora o prefeito Avelar Ferreira, que é do PSD, tenha declarado ao blog que agora seu candidato a governador é o deputado Marcelo Castro, nos bastidores há quem afirme que ele não quer aceitar, pois o antagonismo das duas famílias falará mais alto.

Piripiri é outro caso emblemático, pois lá o ex-prefeito Luiz Menezes, que já foi do PMDB, tem uma forte ligação com Marcelo Castro. Informações chegadas de lá dão conta de que o prefeito Odival Andrade (PSB) já dá sinais de que não subirá no mesmo palanque de Menezes.

Outras cidades que podem ser incluídas no rol de dificuldades de colocar no mesmo lado grupos adversários. Amarante, Valença, Floriano, Pimenteiras, Canto do Buriti e outros municípios menores. Se o governador e os líderes do PMDB quiserem reverter a situação devem começar agora a tarefa de convencer as bases de seus partidos que a aliança é para o bem do Piauí.