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13/05/2025 - 20:13Boletim epidemiológico aponta crescimento nas notificações e reforça necessidade de vigilância ativa e ações integradas
O ano de 2023 marcou um avanço significativo do Brasil na imunização infantil, deixando o país fora do ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas. Este importante avanço foi revelado em um estudo global divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (15).
O estudo aponta que o número de crianças no Brasil que não receberam nenhuma dose da vacina DTP1 caiu de 710 mil em 2021 para 103 mil em 2023. A queda foi ainda mais expressiva em relação à vacina DTP3, que passou de 846 mil para 257 mil no mesmo período. A vacina DTP, conhecida como pentavalente, protege contra difteria, tétano e coqueluche.
Com a redução no número de crianças não vacinadas, o Brasil saiu da posição de sétimo país com mais crianças não imunizadas em 2021, alcançando avanços significativos em 14 das 16 vacinas pesquisadas.
A chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, ressaltou a importância desse avanço na imunização infantil, enfatizando a necessidade de continuarmos buscando melhorias, inclusive expandindo a vacinação para além das unidades de saúde tradicionais.
A nível global, houve um aumento no número de crianças sem vacinação, com a DTP1 atingindo 14,5 milhões em 2023. No entanto, o Brasil se destaca com seus avanços, em contraste com esse cenário mundial em que cerca de 2,7 milhões de crianças permanecem sem imunização adequada ou incompleta.
Uma forma prática de compreender a importância da vacinação é observar o impacto de doenças como o sarampo, que registrou surtos nos últimos anos. A cobertura vacinal para o sarampo estagnou, deixando milhões de crianças desprotegidas. Apenas 83% das crianças em todo o mundo receberam a primeira dose da vacina em 2023, abaixo do ideal de 95% para evitar surtos e alcançar metas de eliminação da doença.
Uma boa notícia é o avanço na vacinação contra o HPV em meninas, embora ainda abaixo da meta de 90% para eliminar o câncer do colo do útero como problema de saúde pública. No Brasil, a vacina contra o HPV é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).