
Oeiras sedia I Encontro dos Núcleos de Capoeira Raízes do Brasil
02/05/2025 - 10:10Evento reuniu grupos locais e convidados, com apoio da Prefeitura de Oeiras e instituições parceiras
O Brasil entrou na quadra do Palalottomatica, em Roma, diante de 12.178 pessoas, recorde de público do Campeonato Mundial masculino de vôlei. O caldeirão estava armado e sobraram vaias e críticas principalmente ao técnico Bernardinho pela derrota polêmica para a Bulgária. E justamente por isso, os italianos queriam fazer ‘justiça’. Mas foi o time verde-amarelo que fez a sua ‘justiça’ ao vencer a anfitriã Azzurra por 3 a 1 (25-15, 25-22, 23-25 e 25-17) , neste sábado.
Agora, a seleção brasileira busca seu terceiro título consecutivo em final contra Cuba, algoz na primeira fase. As duas seleções se enfrentam às 16h (horário de Brasília) deste domingo. A anfitriã briga pela terceira colocação com a Sérvia e tenta voltar ao pódio após dois quintos lugares em 2002 e 2006.
A equipe verde-amarela entrou em quadra disposta a fazer a sua ‘justiça’. Os brasileiros foram críticos ferrenhos à fórmula do Mundial e insinuaram favorecimento a Itália para que a anfitriã chegasse até a semifinal sem encontrar grandes rivais. O único adversário de peso foram os campeões olímpicos Estados Unidos que ficaram pelo caminho.
Burburinhos de bastidores ajudaram a apimentar a rivalidade. E a esperada provocação começou cedo, mas de forma sutil. Mastrangelo parou Dante no bloqueio e encarou o ponteiro brasileiro. O bicampeão mundial não entrou na dele. O alvo do mais velho jogador em quadra – o italiano tem 35 anos –, então, mudou. Os olhares foram direcionados para Leandro Vissotto. Bruninho interveio: “Não cai na dele”.
E o oposto brasileiro não caiu. Respondeu na bola. Passou no meio do bloqueio, atacou belas diagonais, explorou o paredão rival e ainda bloqueou. Vissotto foi o mais acionado por Bruninho e teve 86% de aproveitamento em sete ataques. Com problemas na recepção, a Itália se complicou nos saques forçados e flutuantes e facilitou a vida do time verde-amarelo, que passeou: 25-15.
O segundo set teve o que se esperava da partida. Com dois times com bom volume de jogo, os ralis aumentaram. As defesas trabalharam melhor e os atacantes sofreram. O Brasil encontrou mais dificuldade e passou boa parte do tempo na condição de perseguidor. Bruninho sentiu o pé e deixou o jogo para a entrada de Marlon.
O primeiro momento de maior tensão na rede foi quando o Brasil retomou o comando do placar (17-16). Savani atacou pela entrada de rede na diagonal, a bola desviou e saiu. O ponteiro italiano pediu toque do bloqueio. Dante e Vissotto alegaram que a bola não encostou neles. E se havia a preocupação com possível arbitragem tendenciosa. Ela não ocorreu. O juiz confirmou ponto verde-amarelo. E à frente no marcador, foi só administrar: 25-22.
A Itália jogou o terceiro set empurrada pela barulhenta torcida. E as provocações aumentaram. Vermiglio resmungava com Dante e Mastrangelo gesticulava para Vissotto. O ‘calejado’ Brasil caiu no jogo emocional. Murilo ainda tentava trazer os companheiros de volta para o jogo e evitava embate na rede. O Brasil sentiu a falta de Bruninho, já que Marlon ainda está sem ritmo de jogo por causa de uma colite ulcerativa que o tirou das duas primeiras fases. E ainda viu o oposto Fei brilhar com nove pontos no período, finalizado em 25-23. Para delírio do público presente.
Era o momento de o Brasil conter a euforia rival e foi isso que os comandados de Bernardinho fizeram. Com a vantagem no placar desde o início foi mais fácil segurar os adversários. Marlon entrou no jogo, conseguiu boa variação e os atuais campeões mundiais souberam controlar a partida e calar o caldeirão mesmo sem atuação de gala de seus ponteiros. E a 'justiça' brasileira terminou com um 25-17: a Itália realmente caiu no seu maior teste no Mundial.