
Stella, a primeira mulher trans da Polícia Militar de Pernambuco: “Vivo quem eu sou”
31/08/2025 - 10:26“Eu sou muito privilegiada, em relação à grande maioria das pessoas trans, por essa aceitação familiar. Eu tenho consciência disso”
Em Santana do Riacho, zona rural de Minas Gerais, uma família tem história de superação para poder estudar: mãe e filha percorrem cem quilômetros todos os dias para que a garota possa aprender.
Elas andam sobre pedras e fazem travessia de balsa. Há cobras no caminho. O dia amanhece e a jornada ainda não terminou. Em determinado ponto, ela pega uma van até a escola. A viagem é cansativa: são cinco quilômetros de terra e 25 de asfalto, mas a paisagem da serra é bonita.
A mãe volta para a casa orgulhosa da filha; para ela, o futuro da garota está em jogo.
A menina chega à escola 10 minutos antes do começo da aula. Lá, encontra colegas que fazem o mesmo sacrifício todos os dias.
A escola tem 538 alunos divididos em três turnos, sendo que 22 moram na zona rural. Um dos estudantes sai de casa às 9h30 da manhã, chega ao colégio ao meio-dia, passa a tarde estudando e demora mais duas horas para voltar.
A diretora da escola, Josefina de Freitas, teve infância semelhante.