Calor escaldante e radiação extrema colocam Oeiras em alerta, diz geógrafo

A cidade de Oeiras registrou a maior temperatura e a menor umidade do ar do Brasil pelo segundo dia seguido. Na segunda-feira (13), os termômetros marcaram 41,2°C e a umidade caiu para 10%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O geógrafo Emanuel Vital, pós-graduado em Geografia e Educação Ambiental, fez um alerta sobre a situação climática crítica vivida atualmente em Oeiras e em várias regiões do Piauí. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no ultimo domingo, 11, o primeiro lugar do ranking nacional foi ocupado mais uma vez pelo município de Oeiras, que registrou 40,9°C. Nesse mesmo dia a umidade relativa do ar foi de 12%, considerado estado de alerta.

Vital explicou que a escala de radiação  ultravioleta (UV) vai até 14, e que o índice atual na região atinge 13, classificado como nível extremo. Essa combinação de calor intenso, baixa umidade e radiação elevada representa sérios riscos à saúde, especialmente para crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios.

“Estamos vivendo uma situação que exige atenção redobrada. O calor excessivo e a radiação extrema podem causar queimaduras, desidratação e outros problemas graves. É fundamental manter a hidratação, usar protetor solar e evitar exposição ao sol entre 10h e 16h”, destacou o professor.

O especialista lembrou ainda que, no último 23 de setembro, Oeiras registrou 42,1°C, a maior temperatura do país naquele dia, com umidade relativa do ar de apenas 12%, valor comparável ao de regiões desérticas. Ele ressaltou que os níveis ideais de umidade devem ficar acima de 60%, enquanto índices abaixo de 20% configuram estado de emergência para a saúde humana, provocando ressecamento da pele, dos olhos e dos lábios, além de agravar doenças respiratórias.

De acordo com o geógrafo, os dados do Inmet e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) confirmam que o Piauí enfrenta um cenário climático de altíssimo risco, exigindo ações preventivas e orientação constante à população. “É uma questão de saúde pública. Precisamos adotar medidas imediatas de cuidado e conscientização”, alertou Emanuel Vital.

Fonte: Folhadeoeiras