Caso 'Cancão': Delegado afirma que questão financeira motivou o crime

 Em entrevista coletiva concedida a imprensa local, o delegado regional de Oeiras, Paulo César, falou sobre os crimes recentes na cidade que assustaram a população, e explicou detalhes dos inquéritos.


Falando inicialmente sobre o caso ‘Cancão’, que não conformado com a situação do relacionamento com a professora Maria Luzinete de Almeida, conhecida por Netinha, o borracheiro José Martins de Sousa, conhecido por Cancão, disparou seis tiros contra os filhos de sua ex - companheira, dois adolescentes: uma menina de 15 e um menino de 13 anos, sendo que a menina veio a óbito.


‘Em relação a este caso, eu já conclui o inquérito. Apesar de no seu interrogatório ele evocar seu direito constitucional de ficar calado, não prejudica em nada nas investigações, pois as provas são fortes e contundentes, já estando comprovada a materialidade do crime. Já foram encaminhadas para a perícia, os objetos apreendidos, no caso uma arma municiada, capsulas de munição deflagradas, tablet atingido por tiros, e projéteis de balas extraídos das vítimas, e pedimos um exame de balística para comprovar que aqueles projéteis são originários da arma, que estava em poder do acusado e também já estamos com o laudo cadavérico da menor, que foi atingida por 3 tiros e a causa da morte foi hemorragia intensa’, relatou o delegado.


O delegado afirmou que a motivação do crime foi eminentemente por causa de dinheiro. ‘O indiciado insatisfeito, em um relacionamento de quase 8 anos com a mãe das vítimas, administrava o dinheiro e ficava para ele alegando que ia aplicar, mas a professora observando, em meados de 2013, que ele não estava aplicando resolveu ela mesma administrar seu dinheiro, isso enfureceu ‘Cancão’. A Fúria aumentou, quando ele viu que a professora estava comprando coisas para seus filhos, principalmente para Vitória, pelo fato de ser mulher e precisar de um cuidado maior. Isso o enfurecia ainda mais, despertando uma raiva da menina, culminando com o crime. Ele chegou em casa embriagado disparando os tiros, um atingindo o outro menor, mas a fúria dele maior era sobre a menina Vitória.’ relata o delegado.


Ainda sobre o caso, o delegado Paulo Cezar, esclareceu que contra a vítima fatal, a menor Vitória, o acusado irá responder por homicídio triplamente qualificado. ‘Foi um motivo fútil que motivou a prática do crime, o meio foi cruel, apresar da jurisprudência entender que a quantidade de tiros por si só não qualifica homicídio, mas a forma especifica como foi praticada eu indiciei por motivo cruel, então a forma como foi executado eu entendo ser um meio cruel. Já contra o crime praticado contra o irmão da vítima fatal, ele vai responder por tentativa de homicídio duplamente qualificado, devido a impossibilidade de defesa e motivo fútil.


O delegado concluiu afirmando que o inquérito do caso já foi completamente concluído.