"caso santaninha" torna a se repertir

O fato que gerou polêmica, acusações e muita especulação no inicio deste ano, voltou a acontecer nesta segunda feira, após uma conferência no Ginásio Santaninha.

Professores que participaram de um encontro com o pedagogo Hamilton Werneck saíram do ginásio com sintomas idênticos aos ocorridos no mês de março quando, após evento semelhante no mesmo local, muitos saíram com olhos inchados e várias marcas, como de queimaduras, pelo corpo. Alguns chegaram a dar entrada em hospital.

Na ocasião dois professores foram acusados de atentado terrorista, tendo inclusive a suas casas inspecionadas por policiais civis e na ocasião foi designado um delegado especial para investigar e proceder ao inquérito policial, devido a acusação de atentado.

Passado alguns meses, o inquérito foi arquivado por falta de provas.

Na época, foi levantada a hipótese deste acontecimento ter se dado em decorrência do uso de algum produto químico para a limpeza do ginásio. Mas a acusação de atentado terrorista foi mais forte e os dois professores tiveram que prestar depoimentos tendo inclusive suas roupas apreendidas para análise de possíveis resíduos do(s) produto(s) supostamente utilizado(s) na ocorrência.

Espera-se da polícia todo o empenho necessário à averiguação efetiva dos fatos a fim de que se esclareça o recente, fatídico e recorrente acontecimento - incluindo o incidente de mesmas características ocorrido quando de um culto comemorativo, 24 de janeiro, de diversas Igrejas Evangélicas e o já citado evento ocorrido em março deste ano, ambos no mesmo local, essa é a terceira ocorrência do mesmo tipo. Providências urgentes se fazem necessárias antes que ocorra algo de maior gravidade, como uma intoxicação mais severa que deixe sequelas ou que ponha em risco a vida das pessoas eventualmente afetadas. É uma questão de segurança pública.

Válido é ressaltar que pessoas foram acusadas, sem provas, e tiveram seus nomes vinculados a um ato supostamente terrorista, expondo-as publicamente, tendo sido posteriomente o inquérito arquivado sem mais explicações e, lamentavelmente, a taxação de "terrorista" não será igualmente arquivada, pois permanecerá nas mentes das pessoas, principalmente dos acusados.