Diário do povo repercute matéria do mural da vila sobre suic

Com o título SOS Oeiras o jornal Diário do Povo, publica na edição de hoje, na coluna do jornalista Zózimo Tavares, matéria do Mural da Vila sobre os altos índices de suicídio em Oeiras.

A matéria assinada por Lameck Valentim e Jadson Osório teve uma grande repercussão, recebendo também um grande número de acessos.

Os jornalistas ouviram o enfermeiro Miguel Ângelo Ribeiro, especialista em saúde mental, que ressaltou a importância de toda sociedade de unir, afim de buscar s causas para o crescente número de suicídio e fazer um trabalho afim de deter este problema que há muito tempo assusta Oeiras.

Confira a matéria da coluna Zózimo Tavares:

SOS Oeiras

O portal muraldavila.com.br, de Oeiras, divulgou, no último dia 8, a
informação que a seguir reproduzo, por avaliar que se trata de algo
muito grave: “Nas últimas 72 horas foram registrados três suicídios na cidade de Oeiras. No último domingo (5) um jovem de 18 anos se enforcou no bairro Zoizão. Na segunda-feira (6), mais um caso, uma mulher envenenou-se. Ontem (7), um senhor de 56 anos cometeu suicídio no bairro Oeiras-Nova.

Em Oeiras, o número de suicídios tem crescido assustadoramente. A cidade sempre registrou altos índices de suicídios, o que a coloca entre as primeiras colocadas no ranking de suicídios do estado do Piauí. O que tem chamado a atenção nos últimos casos é o grande número de jovens que tem colocado fim à sua própria vida.
O suicídio é a conseqüência de uma perturbação psíquica. A tensão nervosa que envolve, e culmina nos conflitos intrapsíquicos de gravidade acentuada, transtorna a tal ponto que a morte torna-se único refúgio e a inevitável solução dos problemas. Inconscientemente, o suicida tentou depositar a culpa de sua morte nos outros indivíduos que compõem seu ambiente social, principalmente nos familiares. Neste caso o suicídio funciona como um ‘’castigo’’. É como revidar uma agressão do ambiente que o envolve.

De acordo com o enfermeiro Miguel Ângelo Ribeiro, especialista em saúde mental, há em Oeiras um grande número de pessoas que sofrem de depressão, e isso termina por provocar tendências suicidas. Ele ressalta que a depressão pode ser considerada como o pontapé inicial para o suicídio. “Com a depressão, o individuo tende a se isolar, e perde o prazer pelas coisas que antes lhe eram prazerosas, incluindo aí as coisas mais básicas, como comer, tomar banho e também as próprias relações sociais, como o convívio com a família e os amigos, são prejudicadas. Nesse período é importante estarmos sempre acompanhando essas pessoas, pois mesmo que haja uma tentativa (de suicídio) mal sucedida , enquanto durar a depressão, outras poderão acontecer”, afirma.

Miguel Ângelo acrescenta que em Oeiras é preciso um trabalho mais intensivo sobre este caso, principalmente de forma esclarecedora, buscando de alguma forma descobrir as causas e trabalhar estas questões. O enfermeiro também ressalta a importância das famílias quebrarem o preconceito no que se refere ao tratamento de saúde mental, por terem medo de serem tachadas como loucas. ‘Está na hora de todos se unirem: Profissionais da saúde, igrejas, instituições em geral e trabalharmos este grave problema social que nos ameaça e cresce a cada dia’, conclui”.