
Mais de 60 mil eleitores do Piauà podem ter tÃtulo cancelado em maio; veja como regularizar
28/04/2025 - 08:43Em todo o paÃs, mais de 5,1 milhão de pessoas ainda precisam regularizar o documento.
 O médico ginecologista e obstetra Jefferson Torres reuniu a imprensa para dar a sua versão sobre o seu afastamento do Hospital Regional Deolindo Couto em Oeiras.
O médico que se intitula "o médico das mulheres", desde a semana passada foi afastado das suas funções no hospital regional, gerando uma série de comentários na cidade, sobre qual seria o real motivo de tal decisão por parte da direção.
Segundo Jefferson Torres, o motivo seria o fato de não concordar com a forma como o hospital regional é gerido e com a falta de estrutura hospitalar. "Temos uma grande estrutura fÃsica. É inegável que melhorias aconteceram naquela casa de saúde, temos uma UTI, uma maternidade, uma UPA, bons profissionais. Mas não é só isso que precisamos. No hospital faltam materiais básicos. Na minha área, que é ginecologia e obstetrÃcia, falta muita coisa. Só para citar um exemplo, certo dia, tive que comprar uma pomada vaginal, que custa R$ 27,00 para tratar uma paciente", disse o médico.
Além da falta de material e medicamentos, ressaltando que a farmácia do hospital está mal gerida, Dr. Jefferson afirmou que durante todo o tempo, fez reiteradas crÃticas a esta situação da falta de medicamentos e ao centro obstétrico, que não possui a estrutura adequada, tendo apenas o básico e que isto não é suficiente para conter o déficit neonatal que é muito grande e que mortes de bebês acontecem, mas que são "abafadas".
"Precisamos de uma maternidade aparelhada no Hospital Deolindo Couto. A nossa maternidade não pode se transformar numa boate gay, com decoração colorida e dancinhas para as gestantes, precisamos de um espaço onde nossas gestantes sejam atendidas com amor e também não podemos ir adiante sem a experiência dos mais velhos. Temos em Oeiras a melhor enfermagem do PiauÃ, e temos que valorizar isso. Temos um acolhimento à s gestantes que é excepcional, anestesistas e obstetras conceituados, mas precisamos melhor a estrutura para que mortes de crianças deixem de acontecer. Muitos têm medo de falar sobre isso, mas eu não", disse o médico.
Já sobre a atual gestão do Hospital Deolindo Couto, o médico disse que "nunca vi nada parecido, o atual governo trouxe gestores de fora, alguns neutros, outros arrojados, mas como esta gestão nunca vi coisa parecida, pois as vezes mexe muito com a parte pessoal das pessoas, tem falta de humanidade. Esse tipo de imperialismo temos que vencer. E é assim que esperamos que os gestores se comportem: que vá servir, que vá trabalhar, ajudar a qualquer um, independente de sua cor, de sua renda, de sua ideologia polÃtica ou religiosa. Somos seres humanos e como seres humanos, somos todos iguais e precisamos ser tratados como iguais", disse Dr. Jefferson, ressaltando que em Oeiras tem pessoas gabaritadas para gerir o Hospital Deolindo Couto.
Ainda sobre o seu afastamento, o médico espera que esta situação seja resolvida, afirmando que está disposto até mesmo a prestar serviço voluntário no Hospital Deolindo Couto, uma vez por semana, e que enquanto isso não acontece, seguirá atendendo em sua clÃnica e que em breve dará inÃcio a mais um projeto, que é a sua maternidade, para atender a todos de forma igual, com a capacidade de servir, de amar e de ajudar. "Nem que pra isso eu tenha que me preparar e sacrificar para 2020, para que juntos possamos ir muito mais além. Precisamos nos unir em uma nova caminhada em busca de novos ideais, de igualdade, liberdade, sem pisar ninguém, sem comprar ninguém, sem alienar voto de ninguém, sendo apenas honestos", finalizou Dr. Jefferson Torres.
O Mural da Vila está aberto a direção do Hospital Deolindo Couto para dar a sua versão para os fatos apresentados por Dr. Jefferson Torres.