
Mais de 60 mil eleitores do Piauà podem ter tÃtulo cancelado em maio; veja como regularizar
28/04/2025 - 08:43Em todo o paÃs, mais de 5,1 milhão de pessoas ainda precisam regularizar o documento.
De acordo com matéria publicada pelo portal TRIBUNA DO PIAUÍ nesta segunda – feira, 14, o ex-governador Wilson Martins pagou a empresa Sterlix Ambiental Piauí R$ 12.740.306,88, referentes a 5 anos de serviços. Pagamento este que seria de forma adiantada.
A empresa é uma sociedade do prefeito de Oeiras Lukano Sá e um parente do ex-governador, Felipe Melo, o mesmo engenheiro que construiu o hospital do filho de Wilson Martins, em Teresina.
Confira a matéria na íntegra:
ESCÂNDALO: Secretaria de Saúde pagou 13 milhões por lixo hospitalar 5 anos adiantados
O ofício 243/2014, dirigido ao então Secretário de Fazenda, Silvano Alencar, trazia uma singularidade: o secretário de Saúde, Ernani Maia, requisitava muito dinheiro para uma única empresa. Tratava-se de pedido de cota extra, para pagamento de despesas da Secretaria de Saúde. Até aí, nada demais. Afinal, a Saúde sempre carece de atendimento prioritário, por conta das necessidades imediatas da população.
Mas o que se descobriu a seguir, transformou-se em um dos maiores escândalos do apagar das luzes do governo Wilson Martins. O ofício somente seguiu o trâmite burocrático para fazer valer a ordem de pagamento, que foi dada diretamente pelo ex-governador.
A fatura se destaca pelos valores, especialmente pela justificativa apresentada para tão vultosa quantia. Beneficiários, os donos da Sterlix Ambiental Piauí, empresa que trata de reciclagem de lixo hospitalar, criada com grande pompa, e inaugurada com a presença de Wilson Martins, há pouco mais de um ano.
A empresa tem como titulares o prefeito de Oeiras, Lukano Sá e um parente do ex-governador, Felipe Melo, o mesmo engenheiro que construiu o hospital do filho de Wilson Martins, em Teresina. No dia 10 de março, a 20 dias do fim do governo de Wilson, foram pagos R$ 12.740.306,88 para a empresa do lixo hospitalar.
Como se não fosse estranho o pagamento, a sua justificativa derruba por terra qualquer tentativa de normalidade ou de regularidade. Na rubrica do pagamento está escrito: "referente ao empenho global da contratação de empresa especializada para prestação de serviços de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde da rede pública estadual, compreendendo a coleta, transbordo, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos, para uma geração estimada de 147.868kg mensais, que exijam atendimento das normas preconizadas pela Anvisa RDC 306/04, Conama - Resolução 358/05 e Lei 12.305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos, por um período de 60 meses."
Ou seja: Wilson Martins adiantou quase 13 milhões de reais, por 5 anos do pagamento da empresa de seus protegidos políticos, sem qualquer desconto, sem justificativa, sem razão, exceto motivação de caráter político ou pessoal. O Ministério Público Eleitoral já está de posse dos documentos e requisitou as cópias dos contratos para a SESAPI. O que vem pela frente, não serão apenas resíduos do lixo que a Sterlix recebeu sem prestar o serviço.