Na manhã desta segunda-feira (15), uma funcionária da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Floriano, no Sul do Piauí, foi brutalmente assassinada a golpes de faca dentro da instituição. A vítima, identificada como Maria Luciana Dias de Lima, trabalhava como merendeira e faleceu ainda no local. O suspeito do crime, Arlindo Rodrigues Filho, foi preso momentos depois pela Polícia Militar.
Segundo informações do 3º Batalhão da PM, por volta das 7h30, Arlindo foi visto circulando no entorno da escola. Ao se aproximar do portão, foi atendido por Maria Luciana, momento em que desferiu um golpe de faca na região do tórax da vítima.
A diretora da Apae, Lúcia Maria, relatou à imprensa que o suspeito procurava a ex-companheira, funcionária da instituição, que já havia sido alvo de uma tentativa de feminicídio na última quinta-feira (11), quando ele a atropelou.
“Infelizmente foi uma tragédia que a gente não consegue raciocinar. Ele tentou matar a esposa na quinta-feira, atropelando. Ela foi socorrida, denunciou e estávamos em cuidado com ela. A Luciana, que era merendeira, chegou mais cedo e estava em conversa com as zerladora. Quando viu ele se aproximar, foi abrir o portão e ele [suspeito] já enfiou a faca nela. Qualquer pessoa que tivesse aberto o portão poderia ter sido morta”, lamentou.
Ainda segundo a diretora, a vítima era muito querida na instituição.
“Era uma pessoa maravilhosa, excelente colaboradora, nem conhecia o suspeito. As zeladoras que estavam no local estão em choque”, destacou.
De acordo com a perícia criminal, a facada no tórax causou grande perda de sangue. A vítima ainda tentou se esquivar e chegou a ser amparada por colegas até o refeitório, a cerca de 32 metros do portão de entrada, mas não resistiu.
Após o crime, Arlindo fugiu, ameaçou populares e acabou sendo capturado em uma escola próxima. Ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Floriano, onde permanece preso e à disposição da Justiça.
A polícia confirmou que a ex-companheira do suspeito possui uma medida protetiva que o impedia de se aproximar dela.
O suspeito seria usuário de droga e, no momento do crime, apresentava sinais de fúria.