Morre aos 73 anos a professora Do Carmo Oliveira
16/05/2024 - 11:38Ela morreu em casa, aos 73 anos, após sofrer um infarto fulminante.
Nataniel de Sousa Reis e Maria Dária de Macedo Reis casaram-se no final de 1914. Da união vieram 14 filhos. Um século depois, em 2015, um encontro reuniu centenas de membros da família, que já está em sua quinta geração. O dia escolhido foi o último sábado, 26 de dezembro, data em que Oeiras comemorou 298 anos de emancipação.
Idealizada em um grupo virtual, no WhatsApp, a reunião dos Natuzeiros – como são conhecidos dos descendentes de Natu, apelido do patriarca da família Reis – resultou num mega evento: o “1º Grande Encontro dos Natuzeiros".
A programação foi iniciada bem cedinho, às 5h da manhã, e incluiu uma Alvorada, bimbalhar de sinos, foguetório, banda de música e visita às sepulturas de familiares nos cemitérios Santíssimo Sacramento (velho) e Campo da Esperança (novo). No final da tarde, a parentela se juntou para fazer o registro oficial do encontro. Ali, em frente ao solar da família, no centro histórico de Oeiras, os “284 Natus” posaram para uma fotografia épica.
Depois, todos se reuniram para um baile, realizado no Oeiras Club, local que faz parte da memória festiva da cidade. Antes, uma solenidade homenageou os descendentes – vivos e falecidos – do casal “Natu e Darinha” com a entrega de insígnias, elaboradas pelos designers Último Campos e Laís Reis, especialmente para o evento. Representantes dos 14 filhos, que fizeram aumentar a árvore genealógica dos Reis – uma das famílias mais tradicionais da cidade – foram contemplados por um adereço alusivo ao momento.
Dentro da cerimônia, a execução do Hino de Oeiras, entoado pela cantora Vanúsia, lembrou o aniversário da cidade. Também teve espaço para uma mensagem do padre João Francisco, religioso responsável pela Paróquia Nossa Senhora da Vitória, que falou brevemente sobre comunicação e família na era digital. Foi lida ainda uma carta da primeira neta do casal, Waldália Reis Freitas Tapety que, morando em Brasília, onde cuida da mãe, Amália, de 99 anos, não pôde participar do evento.
“Somos conhecidos e reconhecidos, sobretudo, pelo sentimento de família que nos une. Nós, mulheres, herdamos de Mãe Darinha o amor incondicional pela família e pelo lar, a abnegação, a generosidade para com todos que de nós se aproximam. Os homens herdaram de Vovô Natu o gosto pelo trabalho, a honestidade, o respeito pela família, a moralidade. Os filhos aprenderam o respeito, carinho e devoção aos pais, mesmo depois de velhos. Todos nós levamos no coração, onde quer que estejamos, o amor e a devoção à nossa velha e querida Oeiras”, diz Waldália em um trecho da missiva, lida por Paulo Jorge.
Móveis antigos espalhados em cenários deram uma ambientação característica ao Oeiras Club. Um totem com a fotografia de Amadeu Reis, filho do casal falecido ano passado, divertiu e emocionou a todos. O display foi um dos pontos preferidos para fotos.
Para a ocasião, a família também providenciou uma réplica ampliada do convite de casamento de Natu e Darinha. A recordação foi emoldurada e entregue à filha Dóris para que fosse levada ao solar dos Natus.
Carregada emoção e saudosismo, a confraternização foi encerrada com uma valsa, puxada pelos quatro filhos vivos do casal – Dária, Dóris, Alzira e José Nauto – e com a promessa de novos encontros no futuro.