Irmãos são presos em São Raimundo Nonato após debochar de delegado do Draco

Na manhã desta quarta-feira (21/08), três irmãos foram detidos preventivamente em uma operação intitulada "Draco 147 Juros Altos", com foco na desarticulação de uma organização criminosa no Sul do Piauí. Os suspeitos, que já haviam sido levados pelo Departamento de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco) há cerca de três meses em uma ação anterior, gravaram um vídeo provocativo após a liberação, mencionando o coordenador do departamento, o delegado Charles Pessoa.

Os eventos se desenrolaram na cidade de São Raimundo Nonato, que fica a aproximadamente 523 quilômetros da capital Teresina.

No vídeo, os irmãos aparecem sorrindo, em um ambiente sob a sombra de árvores.

"Bora! Charlim!", comentou um deles, referindo-se ao delegado Charles Pessoa.

Outro afirmou sarcasticamente: "Solto e livre, hein Charles?". O terceiro homem fez uma observação inaudível.

Segundo o delegado Charles Pessoa, até o momento da gravação, os irmãos estavam com suas companheiras. Na operação de hoje, foram cumpridos mandados de prisão preventiva para os irmãos, além da detenção de duas mulheres, parceiras de dois deles, e de um homem, cunhado de um dos suspeitos.

"A investigação continua, e hoje eles se tornaram alvos de uma nova ação. Agora, estão presos preventivamente, afastados do convívio social", declarou o delegado.

Sobre a Operação

A "Draco 147 Juros Altos" foi conduzida em conjunto com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/PI) e resultou no cumprimento de 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Raimundo Nonato, Teresina e Timon.

O principal objetivo da operação foi desmantelar uma estrutura familiar criminosa que atua na região. As investigações revelaram que este núcleo utilizava recursos de uma facção para realizar empréstimos ilegais e cobrava os valores de maneira violenta. Os ganhos eram depositados em contas de familiares e utilizados para a compra de veículos de luxo.

Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 2,5 milhões das contas dos investigados e o sequestro de veículos de alto valor supostamente adquiridos com dinheiro de crime, registrados em nome de terceiros. Durante a operação, foram confiscados cinco caminhonetes, dois automóveis e um SUV de luxo blindado.