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 O dia amanheceu sem brilho para os fãs de Marco Aurélio Silva da Rosa, conhecido como dançarina Lacraia, que morreu de doença crônica nessa terça-feira (10). Além de amigos, pais e fãs, quem compareceu ao velório de Lacraia nesta quarta-feira (11) foi um de seus parceiros do funk de longa data, o MC Serginho.
"Ele era alegre o tempo todo, já acordava brincando. Hoje sinto a perda de um amigo, uma hora muito triste. A imagem que quero guardar dele é a de muita alegria. Cresci 'à pampa' com ele, passamos bons momentos. Um dia a gente se encontra em algum lugar. Infelizmente a vida tem que continuar. Estou dando apoio ao pai e mãe dele. Se eu não fosse bem quisto, não estaria aqui", afirmou MC Serginho.
Lacraia foi enterrada com os aplausos de fãs e amigos, que também cantaram o hit que consagrou a dançarina, Eguinha Pocotó, e a música religiosa Segura na Mão de Deus.
O presidente da Associação de Gays de Nova Iguaçu e Mesquita (AGAMIM), Neno Ferreira, disse: "Lacraia era a madrinha da nossa parada. Mesmo morando no bairro do Jacaré, no Rio de Janeiro, tÃnhamos muito contato. Ela vai deixar um buraco na nossa luta pelos direitos LGBT. Hoje, se somos respeitados em um baile funk, devemos muito ao trabalho da Lacraia. No dia 28 de agosto, em nossa Parada, faremos uma homenagem a ela".
O produtor de Lacraia, Léo Torres, disse que a dançarina estava prestes a lançar um CD com seis músicas. "Temos duas músicas gravadas, vou ver com a famÃlia a possibilidade de lançarmos essas músicas e dar continuidade ao trabalho de Lacraia. Os fãs merecem esse presente. Sobre a morte, vou dizer o que está no atestado de óbito: tuberculose e insuficiência respiratória foram a causa. Posso dizer que passei com ela vários momentos felizes", comentou.
"Lacraia pediu que quando morresse tudo fosse rosa: caixão e flores todas rosas. Sinto ter perdido mais que um amigo. Nós saÃamos juntos, Ãamos para as baladas, dávamos risadas. Não vai ser fácil sem ela", disse Claudionor Pires, primo da dançarina.
Após o enterro de Lacraia, a transexual Juliana Barbosa, conhecida como garota X ou Mulher Banana, lamentou a ausência da "massa funkeira" no cemitério. "Nós nos dávamos muito bem. Hoje senti falta da presença da massa funkeira. Creio que o preconceito seja muito pesado, espero ver isto como uma falta de consideração. Lacraia era muito humilde, não tinha tempo ruim. Às vezes, voltávamos da balada de Kombi", comentou.